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A dor de abastecer o tanque
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A dor de abastecer o tanque

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O Estado do Ceará obteve teve alta consecutiva no preço médio do litro da gasolina, e alta também no preço médio do etanol, segundo pesquisa da ANP. (Foto: BARBARA MOIRA )
Foto: BARBARA MOIRA O Estado do Ceará obteve teve alta consecutiva no preço médio do litro da gasolina, e alta também no preço médio do etanol, segundo pesquisa da ANP.

Gasolina, diesel, álcool. Não importa qual o tipo de combustível que o consumidor usa em seu veículo, uma coisa é certa: os preços estão em disparada. Na Região Metropolitana de Fortaleza, a inflação no acumulado de 12 meses para esse produto é de 23,32%. Não é de hoje e tampouco é um fenômeno isolado. Em Brasília, por exemplo, os preços ao consumidor final já subiram 53,41%.

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O especialista no setor de gás e energia, Bruno Iughetti, explica que esse movimento reflete, sobretudo, os reajustes promovidos pela Petrobras nas refinarias. Já foram seis aumentos somente neste ano. “Isso trouxe um descompasso grande no preço final ao consumidor.”

Ele diz que há ainda um aspecto mercadológico importante que precisa ser considerado. “Com a pandemia, houve queda no consumo de combustíveis e, consequentemente, isso traz também impacto no faturamento dos postos. Então, como as despesas permanecem, muitas vezes, o posto acaba cobrando mais caro para fazer esse encontro de contas.”

A má notícia é que não há sinais de trégua pela frente. Pelo contrário, com o preço do petróleo cru subindo no mercado internacional, a tendência é de que novas altas venham por aí. “E a Petrobras, mesmo com tantos reajustes, tem uma defasagem de preços de 12%. A minha preocupação é quando soltarem esses preços, porque a pancada vai ser grande.”

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