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O preço salgado da carne
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O preço salgado da carne

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Hoje, 95% da carne consumida em Fortaleza vem, principalmente, do Pará, Goiás, Tocantins e um pouco do Maranhão. (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA Hoje, 95% da carne consumida em Fortaleza vem, principalmente, do Pará, Goiás, Tocantins e um pouco do Maranhão.

Dentre os itens de maior peso para composição da inflação em Fortaleza, o reajuste da carne é o que tem deixado um gosto mais amargo aos cearenses. Alta acumulada nos últimos 12 meses de 30,96%, segundo o IBGE. Ainda assim, esse é um percentual abaixo da média brasileira, 35,03%, e distante da disparada de preços sentida pelos moradores de Rio Branco (54,89%).

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De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carne de Fortaleza (Sindicarne), Everton da Silva, hoje, essas altas sofrem influência de vários fatores, desde a questão do câmbio que torna mais atrativa a exportação, o que vem reduzindo a disponibilidade do produto no mercado interno, como também a escassez acompanhada da alta de preços dos insumos na cadeia, da genética do boi à distribuição, mas também em função do encarecimento do frete para distribuição do produto.

"E o Ceará é um estado consumidor de carne. Hoje, 95% da carne consumida em Fortaleza vem, principalmente, do Pará, Goiás, Tocantins e um pouco do Maranhão. É a lei da oferta e da procura, não é que esteja ocorrendo desabastecimento no mercado interno, mas o difícil é comprar barato."

Ele diz que os aumentos só não são maiores porque o poder de compra da população também está em níveis muito baixos. "As vendas caíram entre 10 e 15%, dependendo do produto, porque como houve uma queda na renda da população, muita gente acaba deixando de consumir ou migrando para carnes mais baratas."

 

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