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Em um ano e meio, número de cearenses na B3 cresceu 167%
Economia

Em um ano e meio, número de cearenses na B3 cresceu 167%

O percentual é acima da média brasileira do período, que foi de 97%. Ainda assim, os cearenses representam apenas 0,77% dos investidores pessoa física na Bolsa de Valores
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No Ceará mais de 20,3 mil investidores se cadastraram na Bolsa de Valores até julho deste ano. O volume de recursos já chega a R$ 2,07 bilhões, segundo balanço da B3. Em dezembro de 2017, eram apenas 7,6 mil pessoas investindo pouco mais de R$ 1,3 bilhão. Uma alta de 167% em um ano e meio. Dentre as razões que explicam este fenômeno está a queda de rentabilidade da renda fixa.

O aumento de investidores no Ceará foi acima da média brasileira no período (97%). Ainda assim, a participação do Estado na composição total não passa de 0,77%. É a 11ª unidade da federação com maior presença no mercado de capitais. O ranking é puxado por São Paulo (48,35%), Rio de Janeiro (18,64%) e Minas Gerais (11,22%).

Os números da B3, de julho deste ano, mostram que o hábito de investir em renda variável é maior entre os homens (16.470), do que entre mulheres (3.912). Eles também são responsáveis pela aplicação da maior parte dos recursos. No Brasil, 77,86% dos mais de 1,2 milhão de investidores são homens. E a maioria (41,9%) está acima dos 66 anos.

De janeiro deste ano até o dia 23 de agosto, último dado de referência da B3, o quantitativo de contratos transacionados foi de 242 milhões. O segmento Bovespa, que contempla o mercado à vista de ações e derivativos sobre ações, teve um volume médio diário no período de R$ 16,4 bilhões.

O economista Ricardo Coimbra, vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais no Nordeste (Apimec), explica que, com as sucessivas reduções da taxa básica de juros (Selic), a rentabilidade de aplicações em renda fixa, como Fundo de Investimentos DI, CDB (Certificado de Depósito Bancário) e Tesouro Direto, ficaram entre 0,3% a 0,4 % ao mês, perfazendo uma renda líquida de pouco mais de 4% ao ano.

A professora de finanças da Faculdade CDL, Silvana Aguiar, acredita que há uma maior popularização desta modalidade. "As pessoas estão perdendo o medo, entendendo que não é preciso fazer um investimento absurdo. Hoje, com R$ 500 já é possível investir na bolsa".

Também pondera que o fato de terem mais empresas cearenses sendo listadas na bolsa contribui para este processo de familiarização. Além da M. Dias Branco e Enel, também possuem capital aberto Hapvida e Arco (na Nasdaq).

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