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Contrato para concessão do Aeroporto de Juazeiro do Norte é assinado
Economia

Contrato para concessão do Aeroporto de Juazeiro do Norte é assinado

| INFRAESTRUTURA | A partir de janeiro de 2020, a empresa espanhola Aena Desarrolo Internacional passará a administrar o terminal e outros cinco aeroportos do Nordeste
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 INVESTIMENTO PREVISTO para o terminal de Juazeiro do Norte é de R$ 190 milhões (Foto: fabio lima)
Foto: fabio lima  INVESTIMENTO PREVISTO para o terminal de Juazeiro do Norte é de R$ 190 milhões

As três concessionárias vencedoras da quinta rodada de leilão de aeroportos participaram ontem da assinatura simbólica dos contratos de concessão com o Ministério da Infraestrutura e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em cerimônia no Palácio do Planalto. Na lista de terminais, está o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, localizado em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense.

O equipamento será administrado, a partir de janeiro de 2020, pela empresa espanhola Aena Desarrollo Internacional, que também arrematou os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Campina Grande (PB), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE), integrantes do bloco Nordeste. Para Juazeiro, a estimativa da Anac é que a circulação de passageiros salte de 563,548 mil por ano (2018) para 2,8 milhões até o fim da concessão, em 30 anos (2050). O investimento previsto para o terminal de Juazeiro é de R$ 190 milhões.

Assim que começar a operar o terminal, a Aena terá 180 dias para implementar melhorias imediatas, como adequação de banheiros e fraldários, revitalização e atualização das sinalizações de informação dentro e fora do terminal de passageiros; disponibilização de Wi-Fi gratuito de alta velocidade; aprimorar sistemas de climatização, escadas rolantes, esteiras rolantes, elevadores e esteiras para restituição de bagagens, por exemplo.

Nos próximos 15 anos, o tamanho do terminal de passageiros sairá dos atuais 2,5 mil m² para 7,5 mil m², ano final da primeira fase da concessão. Uma segunda ampliação para 10 mil m² já está prevista na outra metade. A pista também deve aumentar 138 metros, passando de 1.800 m para 1.938 m - com 45 m de largura. Áreas de escape devem ser construídas nas duas extremidades.

O aeroporto deverá ter seu pátio de aeronaves ampliado, receber melhorias na segurança operacional nas pistas de pouso e de táxi, bem como nos pátios de aeronaves. Além disso, está programado o aperfeiçoamento na segurança da inspeção de bagagens e cargas embarcadas no aeroporto e adequações nos auxílios à navegação aérea. A nova estrutura deve contar ainda com quatro pontes de embarque, totalizando 12 posições de aeronaves.

"Esse resultado extraordinário significa confiança. Isso mostra que o investidor confia no Brasil, confia na política econômica, confia na direção que está sendo dada, na direção liberal, confia que nós estamos no caminho correto", disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) destacou que essa confiança vem sendo recuperada com as ações dos seus 22 ministros em diversas áreas. "As ações do ministro Tarcísio ao longo desses meses de governo tem, sim, nos projetado dentro e fora do Brasil. Ficamos felizes com a confiança dos empresários", disse.

Foram concedidos 12 aeroportos, divididos em três blocos, nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões, no período de 30 anos. O leilão ocorreu em 15 de março, na B3, em São Paulo, e superou a outorga estipulada pelo Governo de R$ 2,1 bilhões. No total, os lances pelos três blocos somaram R$ 2,398 bilhões.

De acordo com o ministro Tarcísio de Freitas, já estão previstas a sexta e sétima rodada de leilões de aeroportos da Infraero, que incluem aeroportos localizados em todas as cinco regiões brasileiras. A sexta deve ser realizada em outubro de 2020, com três blocos, que incluem aeroportos na Amazônia, Goiânia, no Nordeste e terminais importantes no Sul, como Curitiba e Foz do Iguaçu, no Paraná.

A sétima rodada está prevista para até o início de 2022, também com três blocos importantes de aeroportos, que incluem os terminais de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Com isso, todos os aeroportos operados pela Infraero estarão concedidos e a empresa vai se dedicar a terminais regionais, junto com estados e municípios. (Com agências)

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