Mais de 95 mil dos 121 mil empregos gerados no Brasil em agosto são frutos de contratações feitas por pequenos negócios. Isso é o que aponta um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No Ceará, foram 3,8 mil vagas geradas de um total de 4,5 mil vagas, o que representa uma proporção de 84%, enquanto o índice nacional foi de 78%.

Ainda segundo os dados levantados pelo Sebrae, as micro e pequenas empresas (MPE) criaram juntas 95.587 vagas de trabalho formais celetistas no país, no mês passado, enquanto as médias e grandes corporações geraram um quarto desse saldo. Incorporando ao total de contratações feitas pela administração pública, o número de novos postos de trabalho foi de 121.387.

A maioria dessas vagas em MPEs vieram do setor de serviços. Destaque para o ramo imobiliário, na atuação de comercialização e administração de imóveis, que gerou 17,8 mil empregos. Além do setor de ensino, responsável por mais de 9,8 mil novos postos de trabalho.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que os pequenos negócios representam 99% das empresas do País e têm grande potencial de crescimento. "Mostram que o segmento é o futuro do Brasil, já que estão gerando empregos e renda a todo mês, como demonstra os últimos levantamentos do Ministério da Economia. Empreender está na alma do brasileiro”, diz.

No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, os pequenos negócios foram vetores de 541,7 mil vagas de emprego, saldo 15 vezes maior do que o registrado pelas empresas de maior porte. O resultado ainda foi 6% do que o registrado pelos pequenos negócios nos oito primeiros meses de 2018.

No Nordeste, foram abertas 16,8 mil postos de trabalho em MPEs no mês de agosto. Só ficou atrás da região Sudeste, que teve 45,5 mil trabalhadores contratados por pequenas empresas.