Um novo navio para abastecimento com cargas provenientes da indústria de cimento está confirmada pela administração do Porto do Mucuripe, em Fortaleza. De acordo com a Companhia Docas do Ceará (CDC), a Mizu Cimentos encomendou o transporte para escoar uma carga de clínquer, via cabotagem, com destino a Manaus (AM). Com o carregamento confirmado é esperado que a companhia amplie em 28%.
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Atualmente, a Mizu tem movimentação de cargas próxima a 135 mil toneladas. Com o contrato para o navio extra, a indústria cimenteira alcança as 173 mil toneladas de movimentação no Porto de Fortaleza até o fim deste ano. A carga, de clínquer, serve como matéria-prima para o produto final. No Amazonas, o produto será enriquecido e sairá para exportação.
Segundo a presidente da Companhia Docas, Mayhara Chaves, a característica onshore do porto facilita o manejo desse tipo de cargas, que é realizada de forma menos onerosa. Ela destaca ainda que a Mizu já movimentou no porto, somente neste ano, 128 mil toneladas de cargas.
"Isso fortalece nossa movimentação de granéis sólidos. Temos o diferencial de porto onshore, que dá mais agilidade nas operações. Com essas novas cargas, nos especializamos mais nesse manejo e mais eficiente ficam as operações", reforça.
Mayhara explica que as saídas de materiais da indústria de cimento têm crescido. A prática das empresas é trazer os produtos por via terrestre das suas unidades fabris - no caso da Mizu no Rio Grande do Norte.
Conforme dados comerciais da administradora do porto, entre as cargas de granéis sólidos não-cerais houve crescimento em torno de 12,3% entre janeiro e setembro comparado com o mesmo período de 2018. Escória (produzida na Companhia Siderúrgica do Pecém - CSP) - é matéria prima do cimento), manganês, clinquer são destaques entre as cargas.