O dólar teve novo dia de alta e fechou novamente no segundo maior valor desde o Real, quando chegou a R$ 4,1999, apenas perdendo para a cotação de R$ 4,196 registrada em 13 de setembro de 2018
Em dia marcado por prudência dos investidores por conta do feriado prolongado de Proclamação da República, mas com mercados no Exterior funcionando hoje, a moeda norte-americana subiu mais 0,18% e terminou o dia em R$ 4,1932.
Profissionais de câmbio ressaltam que investidores preferiram se proteger, comprando dólares, pois o mercado ficará fechado nos próximos dias, com possibilidades de novidades nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, protestos no Chile e Hong Kong e ainda eventuais declarações do presidente norte-americano, Donald Trump.
"O mercado vai ficar três dias fechado com o temor de eventos no Chile, Bolívia, China", ressalta o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagen.
Ontem foi marcado pela terceira alta seguida do dólar e, nos dez primeiros pregões de novembro, a moeda caiu em apenas dois. Por isso, se não houver surpresas negativas nos próximos dias, há chance de realização na segunda-feira.
Já o Ibovespa conseguiu voltar e se manter na região de suporte técnico, dos 106,3 mil pontos, mas em uma sessão marcada por alta comedida que não teve capacidade de anular as perdas acumuladas em 1% na semana que se encerrou ontem.
O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou com ganho de 0,47%, aos 106.556,88 pontos, e um volume financeiro de R$ 17,9 bilhões.
As tensões geopolíticas nesta semana, com destaque para o recrudescimento das questões políticas em vizinhos latinos - com a alta do dólar ante moedas emergentes - arranharam o mercado acionário brasileiro.
"Uma vez que nós paramos de falar de Previdência, que já está até promulgada, era para o mercado andar um pouco mais, mas isso não ocorreu", observa Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor. (Agência Estado)