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BNB vai priorizar aplicações em energias renováveis e saneamento básico
Economia

BNB vai priorizar aplicações em energias renováveis e saneamento básico

O presidente do banco, Romildo Rolim, diz que mais de R$ 10 bilhões são destinados a projetos de infraestrutura neste ano
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O Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou, nessa sexta-feira (14), a autorização de pagamentos que somam R$ 62 milhões para a continuidade de 18 obras de saneamento básico em oito estados brasileiros (Foto: Fábio Lima/ O POVO)
Foto: Fábio Lima/ O POVO O Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou, nessa sexta-feira (14), a autorização de pagamentos que somam R$ 62 milhões para a continuidade de 18 obras de saneamento básico em oito estados brasileiros

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) já tem definida a pauta de aplicações para os recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE) para este ano na área de infraestrutura. Os R$ 10,2 bilhões disponíveis para projetos na Região terão como prioridade os investimentos em energias renováveis e saneamento básico.

De acordo com o presidente do BNB, Romildo Rolim, esse é um movimento que deve continuar nos próximos anos, pois são demandas crescentes do Nordeste. O investimento em fontes alternativas de energia e, com o marco legal do saneamento básico - em tramitação no Congresso -, vai crescer a busca por investimentos no setor de água e saneamento, aponta.

Em relação ao ano passado, os recursos para infraestrutura diminuíram. Em 2019, foram aplicados R$ 12 bilhões em projetos. De acordo com o presidente do BNB, opção do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para priorizar outros tipos de fomento, como o microcrédito, que no ano passado teve aplicado R$ 13,1 bilhões, conforme dados divulgados pelo BNB. Em 2020, a meta é aplicar R$ 3 bilhões no Agroamigo e R$ 11,5 bilhões no Crediamigo.

"Foi alocado pelo Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) mais recursos para micros e pequenas empresas, para o microcrédito orientado, e esses recursos foram deslocados da infraestrutura. Mas são R$ 10 bilhões. À medida que os projetos forem aparecendo, vamos alocando os recursos com os estados", afirma.

Sobre a Aena, empresa espanhola que é a nova administradora de aeroportos na Região, como o de Juazeiro do Norte, Romildo Rolim diz que ainda não há nada concreto quanto a negociações. "Parece que eles estão vendo o melhor momento para o investimento. Ainda não temos nada firme sobre ser o banco financiador dos investimentos nos aeroportos, sobretudo do Aeroporto de Recife".

A movimentação do mercado anima o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Pesada do Ceará (Sinconpe-CE), Dinalvo Diniz. Ele revela que o setor aguarda o leilão de portos e aeroportos, além dos investimentos em energia.

De acordo com ele, esse momento de recuperação do mercado é muito baseado em esforços além dos investimentos federais. Para ele, o Governo contribuiu elaborando "formas de oferecer maior segurança jurídica para o setor privado investir". "Também deixou claro que não existe dinheiro público para investimentos do Tesouro", observa.

Sobre os projetos em saneamento básico, Dinalvo ainda espera as movimentações da demanda, que aguardam a aprovação do texto final no Congresso Nacional. (Samuel Pimentel)

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