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BNDES suspende pagamento de dívidas de estados e municípios até o fim do ano
Economia

BNDES suspende pagamento de dívidas de estados e municípios até o fim do ano

Ao todo, os governos regionais devem à União cerca de R$ 35 bilhões
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GUSTAVO Montezano, presidente do BNDES (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil GUSTAVO Montezano, presidente do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a suspensão da cobrança de dívidas de estados e municípios até o fim do ano, seguindo o determinado no pacote federal de cerca de R$ 60 bilhões de socorro aos governos subnacionais, fechado no fim do mês passado. No caso do BNDES, essas suspensões somarão R$ 3,9 bilhões até o fim do ano, informou o banco de fomento.

A lei que criou o socorro, sancionada no último dia 27, autorizou, além do repasse de recursos, R$ 35,34 bilhões em dívidas dos governos regionais com a União que serão suspensas e retomadas somente em janeiro de 2022.

Outros R$ 13,98 bilhões em dívidas com dois bancos públicos, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, também serão pausadas, como anunciou o banco de fomento nesta segunda. Além disso, o pacote inclui R$ 10,73 bilhões em renegociações de obrigações com organismos multilaterais e mais R$ 5,6 bilhões na suspensão de pagamentos de dívidas previdenciárias.

Além da suspensão do pagamento de dívidas, o BNDES anunciou que os governos que ainda têm contratos ativos, com recursos a desembolsar, poderão sacar logo e destiná-los para o enfrentamento da pandemia - desde que a mudança no destino dos valores não afete a conclusão de obras em andamento que sejam custeadas por esses créditos.

Segundo o BNDES, Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina poderão ser contemplados com a medida. Se todos desembolsarem logo valores que têm a receber, o total liberado poderá chegar a R$ 456 milhões.

O anúncio se soma a outras medidas recentes anunciadas pelo BNDES, como o reforço de até R$ 20 bilhões no fundo de aval para pequenas e médias empresas, uma linha de R$ 2 bilhões para a cadeia de fornecedores de grandes empresas e outra linha de R$ 3 bilhões para o setor sucroalcooleiro. O BNDES também confirmou R$ 2 bilhões "para atender à necessidade de capital de giro de setores cuja preservação é de vital importância para a retomada da economia brasileira". O primeiro foco do programa serão "as empresas de saúde, como hospitais e laboratórios", com faturamento anual acima de R$ 300 milhões.

Segundo o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o banco seguirá lançando medidas conforme as necessidades sejam identificadas. "A terceira rodada de medidas não é a última. Ela complementa o que já foi feito até o momento", afirmou Montezano, na transmissão que ocorre neste momento. (Agência Estado)

 

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