Uma iniciativa de parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) vai financiar a instalação de usinas de oxigênio em hospitais estaduais e doação de insumos hospitalares para 40 unidades de 38 municípios nas cinco Regiões de Saúde do Ceará. O acordo foi anunciado na sexta-feira, 16, e é um programa de matchfunding que prevê que o banco de fomento busque parceiros privados para doarem insumos e custear a instalação das usinas.
A cada R$ 1 doado pelos parceiros, o BNDES dobra o aporte. O valor mínimo solicitado aos doadores é de R$ 100 mil. Uma miniusina com capacidade produtiva de 30m³/h custa R$ 1,1 milhão para ser instalada. Já a microusina de 20m³/h tem valor de instalação em torno de R$ 600 mil. O POVO apurou que pelo menos duas empresas importantes do Ceará já aderiram à campanha e devem anunciar doação.
Todos os nomes já confirmados assim como novas adesões e detalhes dos municípios devem ser conhecidos na segunda-feira, 19, quando a Sesa apresenta o projeto a empresários. Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE) são dois parceiros importantes neste projeto.
De acordo com a Sesa, a iniciativa deve beneficiar permanentemente cerca de quatro milhões de cearenses. As unidades de saúde estão aptas a receber as miniusinas ou microusinas de oxigênio. Os municípios foram escolhidos considerando o perfil hospitalar e a descentralização da saúde no Estado.
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Antes mesmo da realização do evento de sensibilização dos empresários, a Sesa e o BNDES celebraram as doações de três usinas de oxigênio para o Ceará, nos municípios de Sobral, Quixadá e Cascavel. Os recursos serão coletados e administrados por instituições parceiras do BNDES, que vão negociar com fornecedores e acompanhar a instalação em processo que poderá ser auditado.
Batizado pela Sesa como "Respira Ceará", o programa, destaca o titular da pasta, Dr. Cabeto, deve sanar a demanda do Ceará por oxigênio nos hospitais. Desde fevereiro, a Sesa busca, segundo o secretário, articular parcerias para garantir o suprimento de oxigênio aos hospitais municipais durante este momento mais crítico da pandemia. "(A parceria está) deixando essas unidades preparadas não só para atender Covid, como também para outras demandas futuras."
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Wandocyr Romero, presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal, afirma que a instituição e seus parceiros privados estão atentos às necessidades de parcerias e apoio à rede de saúde. Segundo ele, a construção de uma usina leva em torno de 30 dias, por isso estima que em aproximadamente 60 dias a demanda seja suprida. "Estamos servindo de propulsores desta ideia, buscando sensibilizar o empresariado local para que realizem doações. E as usinas serão um legado que ficará para o Ceará."
De acordo com a Sesa, o cenário atual é de dificuldade na distribuição, pois os hospitais menores no Interior dependem de cilindros. Há risco de desabastecimento em pelo menos 1/3 dos municípios do Ceará e a campanha é um esforço para zerar essa problemática.
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Fortaleza
Uma iniciativa de parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) vai financiar a instalação de usinas de oxigênio em hospitais estaduais e doação de insumos hospitalares para 40 unidades de 38 municípios nas cinco Regiões de Saúde do Ceará. O acordo foi anunciado ontem e é um programa de matchfunding que prevê que o banco de fomento busque parceiros privados para doarem insumos e custear a instalação das usinas.
A cada R$ 1 doado pelos parceiros, o BNDES dobra o aporte. O valor mínimo solicitado aos doadores é de R$ 100 mil. Uma miniusina com capacidade produtiva de 30m³/h custa R$ 1,1 milhão para ser instalada. Já a microusina de 20m³/h tem valor de instalação em torno de R$ 600 mil. O POVO apurou que pelo menos duas empresas importantes do Ceará já aderiram à campanha e devem anunciar doação. Todos os nomes já confirmados assim como novas adesões devem ser anunciados na segunda-feira, 19, quando a Sesa apresenta o projeto a empresários. Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE) são dois parceiros importantes nesse projeto.
De acordo com a Sesa, a iniciativa do BNDES e empresas em parceria com o Estado deve beneficiar permanentemente cerca de quatro milhões de cearenses. As unidades de saúde estão aptas a receber as miniusinas ou microusinas de oxigênio. Os municípios foram escolhidos considerando o perfil hospitalar e a descentralização da saúde no Estado.
Antes mesmo da realização do evento de sensibilização dos empresários, a Sesa e o BNDES celebraram as doações de três usinas de oxigênio para o Ceará, nos municípios de Sobral, Quixadá e Cascavel. Os recursos serão coletados e administrados por instituições parceiras do BNDES, que vão negociar com fornecedores e acompanhar a instalação em processo que poderá ser auditado.
Batizado pela Sesa como "Respira Ceará", o programa, destaca o titular da pasta, Dr. Cabeto, deve sanar a demanda do Ceará por oxigênio nos hospitais. Desde fevereiro, a Sesa busca, segundo o secretário, articular parcerias para garantir o suprimento de oxigênio aos hospitais municipais durante este momento mais crítico da pandemia. "(A parceria está) deixando essas unidades preparadas não só para atender Covid, como também para outras demandas futuras."
Um levantamento feito pelo Data.doc — Núcleo de Dados do O POVO — com base em informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e nos índices de risco para Covid-19 e de ocupação de leitos no Estado, destacou que cerca de 3,4 milhões de cearenses estão expostos a risco alto ou altíssimo para incidência do coronavírus em regiões sem informações oficiais sobre oxigênio hospitalar, num período em que os municípios estiveram em alerta ante a possibilidade de desabastecimento. Ao todo, 154 unidades de saúde do Ceará possuem pelo menos uma usina de oxigênio.
Wandocyr Romero, presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal, afirma que a instituição e seus parceiros privados estão atentos às necessidades de parcerias e apoio à rede de saúde. Segundo ele, a construção de uma usina leva em torno de 30 dias, por isso estima que em aproximadamente 60 dias a demanda seja suprida. "Estamos servindo de propulsores desta ideia, buscando sensibilizar o empresariado local para que realizem doações. E as usinas serão um legado que ficará para o Ceará."
De acordo com a Sesa, o cenário atual é de dificuldade na distribuição, pois os hospitais menores no Interior dependem de cilindros. Há risco de desabastecimento em pelo menos 1/3 dos municípios do Ceará e a campanha é um esforço para zerar essa problemática.
Leia mais nas páginas 15 e 18.
PARCEIROS
As instituições parceiras do BNDES no Matchfunding Salvando Vidas são Bionexo, EY, SITAWI Finanças do Bem, Confederação das Santas Casas de Misericórdia-CMB e Benfeitoria. Elas terão a função de operacionalizar as doações, negociar com fornecedores e acompanhar instalação.