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Após queda de 67% dos voos em 2020, companhias ampliam oferta para o CE
Economia

Após queda de 67% dos voos em 2020, companhias ampliam oferta para o CE

Para período de alta estação, as três maiores companhias nacionais anunciaram ampliação de voos diretos com destino ao Ceará. Turismo internacional permanece como incógnita
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Ceará deve ter bom período de alta estação, em julho, com reforço nos voos e reabertura da economia. (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira Ceará deve ter bom período de alta estação, em julho, com reforço nos voos e reabertura da economia.

Por conta da pandemia, a movimentação de aeronaves pousando em Fortaleza diminuiu 67,5% no período de alta estação, em julho, entre 2019 e 2020. Para 2021, a expectativa é de que haja uma importante recuperação na oferta de voos e as companhias aéreas já anunciam reforço nas rotas com destino ao Ceará, desde o Aeroporto de Fortaleza ao retorno de rotas em Aracati, Juazeiro do Norte e frequências diretas para Jericoacoara.

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Essa maior mobilização das principais companhias aéreas brasileiras se dá por conta das menores restrições sanitárias e o fortalecimento do turismo nacional, já que o viajante brasileiro ainda é barrado na grande maioria dos destinos mais tradicionais.

O titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), Arialdo Pinho, destaca que esse contexto de mercado fortalece ainda mais o Estado como destino desses turistas, oriundos principalmente do mercado do Sudeste.

Sobre o turismo internacional, que historicamente tem chegada de turistas nos meses de agosto e setembro, afirma ser uma incógnita. "É boa a expectativa, mas tudo vai depender de como estará a situação do País, pois não adianta estar com a vacinação adiantada só no Ceará", afirma.

Ceará deve ter bom período de alta estação, em julho, com reforço nos voos e reabertura da economia.
Ceará deve ter bom período de alta estação, em julho, com reforço nos voos e reabertura da economia. (Foto: Barbara Moira)

O turismo nacional fortalecido deve ser positivo para a atividade econômica cearense, avalia o economista Alex Araújo. "O que vemos em termos de retomada econômica vem surpreendendo, pois os indicadores de atividades setoriais estão vindo bem acima do esperado. Houve uma valorização dos produtos e aumento de demanda. E o setor de serviços deve vir com muita força. É uma atividade muito intensiva em mão de obra."

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No mercado nacional, a mobilização é grande para o período de alta estação. Desde o fim de maio, as companhias já anunciam reforço em suas rotas, principalmente as que ligam o Sudeste às cidades litorâneas do Nordeste.

A Azul Linhas Aéreas anunciou um incremento das operações envolvendo o Ceará ao longo do mês de julho, com novas frequências para Fortaleza, Jericoacoara, Juazeiro do Norte e Aracati. Jeri passará a contar com voos diários desde Belo Horizonte. O Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes terá, ao todo, 15 ligações semanais com Recife, Campinas e Guarulhos.

No Aeroporto de Fortaleza, a frequência de voos para Belém será retomada e a cidade terá reforço nas rotas para Campinas, BH e Recife, chegando a 70 frequências por semana. A novidade para o Estado será a volta dos voos em Aracati, que serão cumpridos três vezes por semana para o hub da companhia no Nordeste, que fica na capital pernambucana.

“Estamos preparando uma alta temporada focada em mercados de lazer. O Ceará tem uma forte demanda neste período, por conta do clima que favorece o turismo no belíssimo litoral cearense, e nós estamos deixando o estado ainda mais conectado com São Paulo, BH e Recife”, destaca Vitor Silva, gerente de Planejamento de Malha da Azul.

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Já a Latam já confirmou que a frequência de voos no Aeroporto de Fortaleza vem subindo mês a mês. Em junho serão 52 voos semanais para Fortaleza a partir de Brasília, Rio de Janeiro/Galeão e São Paulo/Guarulhos. Também retornam as rotas para Congonhas-SP, Belém, Teresina e Manaus. E, a partir de 1º de julho serão 87 voos semanais.

"Estamos muito otimistas com o mercado doméstico para os próximos meses, uma vez que a procura por viagens aéreas dentro do Brasil vem aumentando gradualmente com a expectativa de celeridade no processo de vacinação. Neste mês de junho, a Latam irá operar até 63% da sua capacidade doméstica no Brasil. Pretendemos voltar aos nossos níveis pré-pandemia até dezembro", afirma Diogo Elias, diretor de Vendas e Marketing da Latam.

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A Gol anunciou uma programação nacional com incremento de 36% na quantidade de voos diários já neste mês de junho, chegando a 300 voos. Até julho, esse número deve continuar sendo ampliado até chegar em 400 voos diários. Os hubs RIOgaleão e Fortaleza serão destaque neste processo.

O Pinto Martins terá ligações sem escalas para Congonhas-SP, Salvador, Recife, Manaus, São Luís e Rio de Janeiro. "Tanto o aumento da oferta de voos nos nossos hubs quanto a retomada de bases regionais que estavam suspensas reforçam a comodidade, a rapidez e a segurança com que os passageiros e mercadorias vão se deslocar até seus destinos", diz Rafael Araújo, diretor de Malha Aérea da Gol.

INTERNACIONAL

Até antes da pandemia, Fortaleza tinha voos internacionais em rota direta para a Argentina, EUA, Guiana Francesa, Cabo Verde, Espanha, França, Holanda e Portugal. Apenas a TAP continua operando voos para Lisboa atualmente. A Air France só deve retomar os voos para Paris em outubro e a KLM não tem data para retomar a rota para Amsterdã.

COMPANHIAS

Balanço da Anac divulgado ontem revela que o 4º trimestre de 2020 seguiu com retração de demanda das três principais empresas aéreas do setor (Latam, Gol e Azul) em relação ao mesmo período do ano anterior. Juntas, as companhias tiveram retração de 47% na oferta de voos. No período, as companhias tiveram prejuízo líquido de R$ 678,7 milhões.

Anac lança pesquisa para saber o que pesa na hora de comprar passagens aéreas

Preço? Se o voo tem escala? Horário de voo? A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou uma pesquisa para coletar dados e informações sobre os fatores utilizados pelos passageiros na hora de comprar uma passagem aérea. O questionário quer entender quais são os critérios utilizados pelo consumidor na tomada de decisão e quais informações disponibilizadas são relevantes para finalizar a compra.

A pesquisa pode ser respondida até o fim de junho no site da reguladora (https://pesquisas.anac.gov.br).

"No papel de regulador, nós precisamos compreender quais informações os passageiros efetivamente valorizam e utilizam antes de comprar uma passagem aérea e, assim, identificar eventuais problemas regulatórios a serem analisados e possivelmente endereçados por meio de alterações na regulação da Agência. Para que isso seja possível, é crucial para Anac uma ampla participação da sociedade nesse levantamento", explicou o gerente de regulação das relações de consumo da Anac, Cristian Reis. (Irna Cavalcante)

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