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5G é oportunidade para empresas recuperarem a competitividade
Economia

5G é oportunidade para empresas recuperarem a competitividade

| Tecnologia | A avaliação é do executivo da Huawei no Brasil, Marcelo Motta. Ontem, a companhia inaugurou, em São Paulo, seu centro de inovação em 5G no Brasil
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A Huawei investiu R$ 35 milhões em centro de inovação em 5G no Brasil e mira sistema colaborativo de desenvolvimento no Ceará (Foto: Divulgação/Huawei)
Foto: Divulgação/Huawei A Huawei investiu R$ 35 milhões em centro de inovação em 5G no Brasil e mira sistema colaborativo de desenvolvimento no Ceará

Após sucessivas crises e os impactos negativos deflagrados pela pandemia de Covid-19 no último ano, as empresas brasileiras podem ter no 5G a chance de recuperar a competitividade perdida, segundo avalia Marcelo Motta, executivo de cibersegurança da Huawei no Brasil. Ele, juntamente com o CEO Sun Baocheng e outros executivos, inaugurou ontem o chamado Ecosystem Innovation Technology Center (EITC). O centro de inovação em 5G, instalado em São Paulo, teve investimento de R$ 35 milhões e deve ser usado por parceiros e clientes para desenvolver soluções em diversos setores produtivos.

Para Motta, a nova geração de telefonia surge como possibilidade de impulsionar a produtividade. Ele cita operações portuárias na China que aumentaram o desempenho de um terminal emtrês vezes comum terço do pessoal a partir do uso da nova tecnologia, e aponta a possibilidade de aplicações semelhantes no Brasil com a chegada do 5G. Já em curso, a companhia desenvolve oito projetos que contarão com a estrutura do EITC e se enquadram nas chamadas “verticais” priorizadas pela empresa: infraestrutura, energia, agro e financeiro.

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No entanto, para despertar no empresariado a necessidade do uso do 5G, a Huawei atua de 5G de ponta a ponta, como ressalta Atilio Rulli, diretor de Relações Públicas da companhia. A estratégia foi intensificada após eles identificarem vácuos no processo produtivo de alguns setores a partir de projetos-pilotos, como o centro de distribuição da empresa em Sorocaba – 90% automatizado e que conta com rede 5G própria operada pela Vivo.

“Todas as operadoras estão se preparando há 2 anos. Os pequenos provedores também. O ecossistema está se planejando, cada vez mais maduro, até porque a engenharia financeira é bastante complexa. A Huawei está ajudando como planejar e construir essas infraestruturas”, ressaltou o diretor de Relações Públicas.

30 mil profissionais em 5 anos

A companhia busca estender para a nova geração de telefonia a participação de mercado que possui hoje na banda larga fixa – nicho que lidera na infraestrutura a partir de parcerias com empresas de telecomunicações, das menores até as gigantes em atuação no País. Nessa estratégia, o EITC entra como ambiente de experimentação e desenvolvimento de soluções, como as já experimentadas pela Huawei no agronegócio, mineração e portos. Os institutos federais e as universidades brasileiras, que somam 84 parcerias no País – três deles no Ceará –, foram os mais citados pelos executivos na apresentação.

Esse trabalho de certificações com os centros de ensino deve levar ao mercado brasileiro 30 mil profissionais capacitados em 5G, da instalação ao desenvolvimento de soluções, nos próximos 5 anos, segundo Rulli. O número é igual ao capacitado pela companhia nos últimos 10 anos e teve o processo acelerado devido à necessidade de mão de obra observada no setor, segundo ele.

Relação com o Governo

O evento de inauguração do EITC contou ainda com a participação do deputado federal Evair Melo (PV-ES), que falou do apoio do Parlamento nas “decisões necessárias para criar o ambiente de negócios”. “Tanto no Executivo quanto no Legislativo, o País está determinado a ter 5G”, declarou na presença dos executivos e de representantes do Ministério da Agricultura e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A participação desses agentes, assim como a fala do conselheiro Carlos Baigorri, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) buscam afastar qualquer suspeita de rusga na relação da Huawei com o Governo Federal. A companhia, que foi acusada pelo ex-presidente americano Donald Trump de espionagem empresarial, já afirmou que confia na não-interferência política no processo de instalação do 5G no Brasil e destacou os 23 anos de atuação no País.

*O jornalista viajou a convite da Huawei

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