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Mondubim, José Walter e Barra do Ceará concentram maior número de óbitos
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Mondubim, José Walter e Barra do Ceará concentram maior número de óbitos

| COVID-19 | Aglomerados de mortes são registrados principalmente em bairros de periferia, conforme boletim epidemiológico
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BAIRRO Mondubim é o que registra maior número de mortes durante a pandemia em Fortaleza (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA BAIRRO Mondubim é o que registra maior número de mortes durante a pandemia em Fortaleza

Os bairros Mondubim, Prefeito José Walter e Barra do Ceará concentram o maior número de óbitos por Covid-19 em Fortaleza. Desde o início da pandemia, eles acumularam 245, 237 e 228 mortes em decorrência da infecção, respectivamente. Dados são do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na sexta-feira, 20.

Analisando a distribuição espacial, as ocorrências de morte pela doença indicam que o "evento-morte" aglomerou-se nos bairros periféricos, ainda que exista uma concentração importante nos bairros de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

No levantamento, é possível identificar a presença de grandes aglomerados em bairros das regionais I e II. Outros clusters de alta concentração (aglomerados) são identificados em bairros das regionais III (Quintino Cunha, Autran Nunes e Pici), IV (Vila União e Serrinha) e V (Grande Bom Jardim, Planalto Airton Sena, Parque São José e José Walter). Há uma ausência de clusters de alta intensidade em toda área leste/sudeste da cidade (Regional VI).

Quando consideramos a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, que leva em consideração a população de cada bairro, Pedras (1.292,5), Manoel Dias Branco (947,6) e Prefeito José Walter (947,1) encabeçam a lista.

É possível destacar que 73% dos casos e 27% das mortes foram confirmados na população de 20 a 59 anos. Por outro lado, 19% dos casos e 73% das mortes foram confirmadas no grupo com 60 anos ou mais. A maioria dos pacientes que morreu era do sexo masculino (55%).

Com relação aos casos, os bairros com maiores registros foram Meireles (6.678), Aldeota (6.212) e Messejana (5.442).

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Um das semelhanças identificadas nas duas ondas é que ambas se iniciaram na mesma região: bairros de classe alta. A segunda onda, mais longa, somou maior número de mortes do que a primeira. Este aumento foi particularmente expressivo em alguns bairros de muito alto e alto IDH.

Neste segundo período, que evoluiu de forma importante no início de 2021, o início nessa região mais privilegiada economicamente ocorreu porque o vírus encontrou população suscetível nessas áreas, que registraram as maiores taxas de isolamento social na primeira onda, em 2020.

Conforme o balanço da secretaria, partindo do aglomerado inicial, em março a doença atinge com muita força a área central e oeste da Cidade, sobretudo as regionais III e IV. Isso porque a maioria dos bairros nessa região foi relativamente poupada na primeira onda.

Com queda sustentada, o número diário de óbitos caiu substancialmente, fazendo com que a média móvel se aproxime de uma morte. O padrão, de acordo com o boletim, é a indicação de que a segunda onda da Covid-19 chegou ao fim na Capital.

A média móvel estimada hoje (25,6 casos) é 72% inferior à registrada duas semanas atrás (90,1 casos). A Capital acumula 255.237 casos e 9.648 mortes pela doença, conforme atualização do IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), feita ontem, 24, às 14h20min.

Apesar da diminuição gradual dos casos novos, a pasta ressaltar que há transmissão comunitária da doença e houve introdução da variante Delta.

 

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