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Com crises, investimento deve manter ritmo fraco no País
Economia

Com crises, investimento deve manter ritmo fraco no País

Política e hídrica. Instabilidade
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Tipo Notícia

Os investimentos, há muito tempo em nível insuficiente para garantir um crescimento sustentado da economia, devem manter um quadro de estagnação, ou de alta muito lenta, até pelo menos o próximo ano, segundo especialistas. O quadro, que já não é dos mais positivos, deve ser agravado pela crise político-institucional e também pela crise hídrica.

No 2.º trimestre, segundo dados do Produto Interno Bruto anunciados pelo IBGE, os investimentos caíram 3,6% em relação ao 1.º trimestre. Com isso, a taxa de investimentos (o total de aportes como proporção do PIB) ficou em 18,2%, inferior aos 32,9% médios registrados nos países emergentes e abaixo da média de 22% das economias desenvolvidas, conforme o Fundo Monetário Internacional.

Os indicadores de confiança da FGV exemplificam esse cenário. O Indicador de Intenção de Investimentos, que mede a disposição de se investir nos próximos 12 meses, até subiu neste 3.º trimestre, mas nos ramos de serviços (110,9 pontos) e de construção (103,6 pontos) ainda segue abaixo do nível de antes da pandemia. Na indústria, o número é maior (129,2 pontos), mas recuou em relação ao 1.º trimestre (132,8 pontos).

Vários fatores justificam a moderação com os investimentos. Em primeiro lugar, o desemprego elevado e a aceleração da inflação, na esteira da crise hídrica, seguram o consumo das famílias, freando o ritmo de crescimento econômico - como já mostrado na retração de 0,1% no PIB do 2.º trimestre. E o cenário de fragilidade no consumo doméstico - que se arrasta desde a recessão de 2014 a 2016 - se reflete nos aportes das empresas. (Agência Estado)

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