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Estado deve investir cerca de R$ 20 mi para transformar usina de cana em centro de tecnologia
Economia

Estado deve investir cerca de R$ 20 mi para transformar usina de cana em centro de tecnologia

| Agropecuária | Equipamento deve entrar em operação a partir de março de 2022 e conta com parcerias nacionais e internacionais
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Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP) será erguido sobre a estrutura da usina de cana de açúcar de Barbalha (Foto: Arquivo Sedet/Reprodução)
Foto: Arquivo Sedet/Reprodução Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP) será erguido sobre a estrutura da usina de cana de açúcar de Barbalha

Adquirida pelo Governo do Ceará em 2013 por R$ 15 milhões, a usina de cana-de-açúcar de Barbalha deve ter os bens leiloados e ser alvo de um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões para ser transformada no Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP). O equipamento promete ser referência em culturas de alto valor agregado com pouco uso de água e tem previsão de início em março de 2022, segundo revelou Silvio Carlos Ribeiro, secretário executivo de Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

O projeto foi apresentado ontem, 1º, em live do governador Camilo Santana. Ele admitiu que o Estado não conseguiu repassar a usina para a inciativa privada como se planejava inicialmente - em ação ainda do ex-governador Cid Gomes - e destacou o novo projeto como um dos mais "completos Centros de Tecnologia do Nordeste".

"Lá, vamos treinar e capacitar, fazer pesquisa e investir em tecnologia. Teremos restaurantes e centros de estudo voltados para a agricultura, que era uma grande demanda e que pode potencializar a produção agrícola do Cariri", destacou.

Silvio Carlos informa que, para atingir o objetivo mencionado pelo governador, o Estado fechou parcerias com a Universidade Federal do Ceará, a Universidade Federal do Cariri, a Universidade de São Paulo, Universidade de Campinas, o Instituto Federal do Ceará, a Embrapa, o Sebrae e a Universidade de Wageningen (Holanda).

"Essa estrutura que estamos prevendo não tem igual no Brasil. E será um dos melhores centros do País voltado ao cultivo protegido", destacou o secretário executivo.

Projeto e modelo de operação

Localizada na Rodovia CE-293, a 502 quilômetros de Fortaleza, a Usina Manoel Costa Filho (Cariri I) deve ter o orçamento de transformação fechado pela Secretaria de Obras Públicas (SOP) e edital para escolha da construtora lançado até o fim de outubro. Inicialmente, 20 pessoas devem ocupar o espaço a partir de março, trabalhando em laboratórios, estufas, salas de aula e ainda um memorial da agricultura cearense que serão construídos.

Antes, a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), proprietária da usina, deve leiloar os equipamentos que ainda restam. Segundo Silvio Carlos, o maquinário ainda está em boas condições de uso e já conta com interessados na compra. Procurada, a Adece informou que o valor mínimo a ser arrecadado no leilão ainda não foi definido e a data para o certame está em análise.

Já o modelo de operação do CTCP ainda está sendo elaborado, segundo Silvio Carlos. As possibilidades vão desde uma gestão pelo governo cearense até parcerias público-privadas. Para definir, o Estado contratou o Sebrae para prestar consultoria e o objetivo, segundo o secretário executivo, é garantir o desenvolvimento e repasse de tecnologia a produtores rurais, desde os pequenos até as grandes empresas instaladas no Ceará.

Culturas pesquisadas

"O Estado do Ceará tem pouca água. É o gargalo para os produtores. Se garantia de água, a gente precisa trabalhar com culturas de alto valor agregado", ressalta, mostrando a linha de pesquisa a ser desenvolvida pelo CTCP.

Entre as culturas de valor agregado que devem virar alvo de projetos no Centro, o Governo citou: mirtilo; tomate salada; tomate cereja; pimentão verde, amarelo e vermelho; alface americana, crespa e roxa; rúcula; espinafre; agrião; coentro; manjericão; flores de corte, flores de vaso, espécies tropicais, folhagens e suculentas; mudas das espécies que venham a necessitar, no âmbito das atividades a serem desenvolvidas em suas dependências; tilápia e camarão.

"Isso tudo faz parte do Centro, que, fisicamente fica em Barbalha, mas serve para todo o Estado", finaliza Silvio Carlos.

Prazo

Na transmissão pelas redes sociais, Camilo Santana afirmou que quer a obra avançada ou até concluída ao término do mandato dele como governador

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