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Hidrogênio verde: Ceará tem 16 grandes projetos em negociação
Economia

Hidrogênio verde: Ceará tem 16 grandes projetos em negociação

Secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico e Trabalho) listou empreendimentos e apontou o próximo dia 14 como data para assinatura da maioria dos projetos
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Empresa deve ocupar área de 106 hectares no Porto do Pecém (Foto: Divulgaçao)
Foto: Divulgaçao Empresa deve ocupar área de 106 hectares no Porto do Pecém

Os projetos de hidrogênio verde que têm o Ceará como foco da instalação já somam 16, segundo contou o secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico e Trabalho). Desde o último balanço, noticiado em primeira-mão pelo O POVO, o Estado captou mais seis projetos.

Todos, segundo Maia, ou são estrangeiros ou têm fundos internacionais por trás. O montante de investimento que deve resultar desses projetos não foi revelado, o que deve ser feito quando o governador Camilo Santana se reunir com os representantes das empresas para a assinatura dos memorandos de entendimento.

A data para que isso ocorra, de acordo com o secretário, deve ser o próximo dia 14 de outubro, quando o Estado planeja a realização de um evento internacional com o hidrogênio verde como tema.

“Hoje, nós temos 5 (memorandos) assinados, 7 para assinar e não acredito que serão todos no dia 14 porque tem uma das empresas que quer assinar em separado. Estamos negociando para todos assinarem no mesmo dia. E ainda temos 4 em processo de finalização, o que totaliza 16 grandes projetos na área de hidrogênio”, enumerou.

Brasileiros no comando dos projetos

Maia conta que há três dos projetos que têm brasileiros à frente da negociação, mas ambos possuem investidores estrangeiros como financiadores. “Tem uma empresa local, inclusive. Vamos assinar um memorando no dia 14 com uma empresa que foi liderada por um estudante cearense, o Daniel Gabriel Lopes. Foi a porta de entrada do Estado nesse aspecto, que é a Hytron, fornecedora dos equipamentos da EDP e que foi vendida para um grupo alemão”, disse.

A outra empresa com brasileiros na dianteira das negociações com o Ceará para mais um projeto de hidrogênio verde é do Rio de Janeiro. “E tem um projeto que estamos negociando com um grupo líder do Estado do Ceará”, falou sem mencionar o nome da empresa.

Foco do Estado

Perguntado sobre os trabalhos além da captação dos projetos, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalhou afirmou que o foco, agora, é viabilizar a instalação de todos os projetos já acordados. Para isso, deve atuar “criando as condições para que possam licenciar as obras, conectar esses projetos de energia com as usinas e estruturar toda a engenharia para implantar, se possível, a maioria desses projetos”.

As modulações são consideradas os desafios desta nova fase do hub de hidrogênio verde do Ceará, uma vez que questões técnicas, como o transporte do combustível, já estão equalizadas. “O desafio, agora, é as tecnologias estaduais chegarem junto dos projetos para garantir as conexões de energia, água... Alguns têm projetos próprios de dessalinização. A Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos) está montando um projeto próprio de reuso de todo esgotamento de Fortaleza para fornecer água às plantas do Pecém. Além disso, tem o licenciamento ambiental, as questões tributárias estão equalizadas e acho que o Ceará está andando bem”, avaliou Maia.

ZPE e demais obras concluídas

Ele ainda observou que as usinas de hidrogênio verde, que serão instaladas na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, devem ter companhia da terceira planta da Aeris, da fábrica de aerogeradores da chinesa Mingyang Smart Energy, além de um empreendimento do grupo Cordeiro Logística e da refinaria da Noix, cujo projeto foi ampliado de 50 mil barris por dia para 100 mil.

Na lista de equipamentos concluídos do Pecém, segundo o secretário, estão a área 2 da ZPE, a 2ª ponte e 2 berços do Porto do Pecém, um novo gate de placas e a Rodovia das Placas – via exclusiva para o transporte de placas de aço produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém em direção ao Porto. Com isso, a única obra em Pecém que prossegue e deve seguir até o fim do ano é a duplicação da CE-155.

“Pecém teve uma capacitação muito boa e se todos esses investimentos se concretizarem, acredito que é uma consolidação definitiva do Complexo”, finalizou Maia.

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