Mais 121,8 megawatts (MW) de potência está a disposição do Operador Nacional do Sistema (ONS) saindo de usinas eólicas do Ceará. O acréscimo se deve à conclusão, pela Qair Brasil, do parque Serra do Mato, em Trairi. O projeto, somado a outros três da empresa também em terras cearenses, representa um investimento de R$ 2,7 bilhões.
O conjunto de empreendimentos, segundo explica Luiz Santos, diretor de Desenvolvimento e Construção da empresa, envolve o Serra do Mato, o Complexo Serrote, a instalação na mesma área de projeto solar e outro eólico no Rio grande do Norte.
A instalação de placas solares, de acordo com ele, deve se dar na mesma área onde foram alocadas as 29 turbinas V150-4,2MW da Vestas em Trairi e deve ser dotado de 101 MW de potência instalada. Já o Complexo Serrote conta com potência instalada de 205MW a partir de 78 torres instaladas.
Perguntado sobre os gargalos para o setor de energias renováveis no Brasil, o diretor da Qair apontou o câmbio e o comércio marítimo como principais ambientes de tensão para o negócio.
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"O mercado de energias renováveis está passando por stress em termos de preços por causa do dólar e também pela vinda do material da china, pelo custo do painel solar e do frete por questões referentes aos contêineres. Isso compromete o Capex das empresas, mas o Brasil ainda tem um recurso muito bom que consegue viabilizar projetos para leilão ou mercado livre de energia", avaliou.
Sobre os projetos da empresa com foco no hub de hidrogênio verde, o executivo afirmou que estão sendo elaborados e, em seguida, devem entrar na fase de licenciamento ambiental, uma vez que o memorando de entendimento com o governo do Estado já foi assinado.
A Qair projeta um investimento de US$ 6,95 bilhões em uma planta de hidrogênio verde no Complexo do Pecém.