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Nova gestão da Faec quer aumentar participação do agronegócio no PIB do Ceará
Economia

Nova gestão da Faec quer aumentar participação do agronegócio no PIB do Ceará

Amilcar Silveira tomou posse como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária para o período 2022-2025 com planos de levar assistência técnica e gerencial para todos os produtores rurais. Há ainda plano de montar Centro de Inteligência que viabilize investimentos e políticas públicas
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CERIMÔNIA de posse de Amilcar Silveira (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS CERIMÔNIA de posse de Amilcar Silveira

O novo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amilcar Silveira, tomou posse ontem no comando da entidade e disse que quer aumentar a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

Em seu discurso, frisou que pretende levar assistência técnica e gerencial para toda população rural. Em cerimônia realizada ontem, na sede da entidade, detalhou que o pequeno produtor será um dos focos da nova gestão para o período de 2022 e 2025, por meio do que chama de "agricultura familiar competitiva".

Para isso, uma das frentes de trabalho devem ser a qualificação dos produtores rurais. A ideia é aproveitar o alcance do Sistema Faec em todas as regiões do Estado para promover o acesso dos produtores rurais a informações, inclusive novas tecnologias, o que deve contribuir até mesmo para a diminuição do êxodo rural.

A ideia é que a produtividade no campo aumente e a participação do agronegócio na produção de riquezas do Estado seja ampliada. Atualmente, o PIB do agro cearense corresponde a cerca de 5% do total do Ceará, enquanto o nacionalmente o setor equivale a 26%. No entendimento do novo presidente, "não soubemos acompanhar" o desenvolvimento do agronegócio do Brasil, "por isso existe a necessidade de rever esse quadro."

"Temos certeza que os nossos agropecuaristas, com a garra que possuem, tendo uma melhor noção de como gerir e aproveitar sua terra e produção poderão aumentar consideravelmente sua renda", destaca.

Ele ainda disse que espera que as ações possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida do homem do campo. Ele citou alguns dados que mostram que a pobreza no campo é uma preocupação importante, apesar de grandes cases de sucesso em setores como a fruticultura.

"Somos produtores de alimentos. Durante a pandemia, mostramos nossa eficiência e importância. Mas ainda temos muito a avançar, pois apenas 10% da renda no Ceará é oriundo do meio rural, onde vivem 22% da população, dos quais 66% vivem na pobreza."

Para chegar a esse resultado, a Faec centrará esforços em catalogar as necessidades e os potenciais, por meio de um estudo técnico e a formação de um banco de dados robusto. A ideia é traçar um planejamento estratégico para o agro com foco nos próximos 10 anos. Na ampliação da base de informação, também é planejado o desenvolvimento de um Centro de Inteligência da Faec, que tenha dados para tomadas de decisões, seja de políticas públicas ou investimentos.

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"Hoje a base de informações e as decisões dos governos federal e estadual são imprecisas, são desencontradas. Queremos unificar essas informações a partir desse Centro de Inteligência e ter a possibilidade de assim atrair novos investimentos para o Estado", diz.

Amilcar ainda acrescenta que o diálogo com o Governo do Ceará, Governo Federal e entidades do agronegócio está aberto tendo em vista o desenvolvimento de ações. "O nosso grande lema é desenvolver o agronegócio em conjunto".

Presente à posse, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Prado, destacou a relação amistosa que está sendo construída com a nova gestão da Faec.

Também presidente do Conselho da Itaueira Agropecuária, maior produtora de melões do mercado, Carlos ressalta que a Faec propõe princípios similares ao proposto pela Fiec. "Já houve uma sinalização de algumas atitudes do novo presidente que mostram que deve haver uma trajetória para o setor do agronegócio cearense nos próximos anos".

No que se refere à atuação com os pequenos produtores, a profissionalização foi um dos pontos enfatizados pela nova gestão.

Para o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE), a atenção à agricultura familiar deve gerar muitas parcerias, como a que já é desenvolvida com o Sebraetec, com implementação de inovações tecnológicas para os pequenos produtores.

“A fala do presidente de priorizar a agricultura familiar é importante. E, se observarmos o quadro macro, a imensa maioria são de pequenos produtores e qualquer projeto econômico que se faça, deve priorizar essa faixa”.

NOVA DIRETORIA

COMPOSIÇÃO

Presidente: Amilcar Silveira

1° vice-presidente: Inácio de Carvalho Parente

Vice-Presidente de Administração e Finanças: Luiz Mendes

CURRÍCULO

Amilcar foi eleito com o apoio da família de Flávio Saboya, ex-presidente da Federação por 11 anos e que faleceu no ano passado. Desde 2020 é presidente do Sindicato Rural de Quixadá. Para a Faec, teve 33 dos 56 votos.

 

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