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Petrobras diz que manterá política de preços atrelada ao mercado internacional
Economia

Petrobras diz que manterá política de preços atrelada ao mercado internacional

| Apesar da volatilidade |
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Rio de Janeiro - Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil) (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Rio de Janeiro - Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O preço do petróleo tem passado por forte volatilidade desde a invasão da Rússia à Ucrânia. Ontem, o preço do barril do Brent para entrega em abril fechou em forte alta, de 3,12%, a US$ 100,99 dólares.

Na quarta-feira, 23, o produto chegou a ultrapassar os US$ 105, mas depois acabou recuando. E na sexta-feira, 25, fechou em US$ 94,12, diante das perspectivas de que as sanções de aliados ocidentais à Rússia fossem poupar o setor de energia do país. Mas tudo isso ainda é muito incerto.

 

 

Essa volatilidade deve afetar o preço dos combustíveis no País. Mas a Petrobras diz que isso não deve abalar a determinação de manter seus preços atrelados aos do mercado internacional.

O argumento é de que, se não acompanhar as cotações do petróleo e dos derivados, o mercado brasileiro de combustíveis e o abastecimento interno poderão ser afetados, como afirmou o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Cláudio Mastella, em teleconferência com analistas para detalhar o lucro recorde de 2021.

A Petrobras utiliza o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir os reajustes dos valores da gasolina e óleo diesel em suas refinarias.

Por essa política, os preços internos deveriam subir em linha com a valorização das cotações do petróleo e dos seus derivados nos principais mercados mundiais de negociação, como o do Golfo do México, nos EUA, e o de Londres.

Também pesam no cálculo o câmbio e custos de importação. Isso porque os principais concorrentes da empresa, atualmente, são os importadores e o objetivo da Petrobras é manter seus preços próximos aos deles.

Último aumento foi em 12 de janeiro

Já há algum tempo, na verdade, a cotação vem subindo, por conta das tensões geopolíticas. Mesmo assim, os preços no Brasil permanecem inalterados desde o dia 12 de janeiro. A posição da empresa é complexa, já que a manutenção do PPI e os efeitos sobre os preços internos repercutem mal entre os consumidores e afetam diretamente a ambição do presidente da República, Jair Bolsonaro, de vencer as eleições deste ano.

"Temos observado a elevação dos preços nas últimas semanas e, em paralelo, o dólar foi desvalorizando. Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços (inalterados)", afirmou Mastella. (Agência Estado)

 

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