Os empresários dos setores de Comércio e Serviços celebraram a liberação do uso de máscaras em ambientes fechados. A decisão, do Comitê de Enfrentamento à Pandemia, foi comunicada ontem pela governadora do Ceará, Izolda Cela. Agora, a exigência para entrada em equipamentos segue sendo a vacinação com três doses.
A avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Assis Cavalcante, é que a medida traz uma mensagem principal: de que o Ceará está avançando bem na vacinação e que a pandemia vem sendo superada. A diminuição do risco de circulação de pessoas nas ruas, também traz boas perspectivas para a movimentação em loja.
Assis enfatiza ainda a diminuição dos custos das empresas em manutenção de estoques de máscaras a serem ofertadas para funcionários e clientes - que porventura estejam sem o acessório ao tentar entrar na loja.
"É um momento de festa. Não somente pelo fato de tirar as máscaras, mas de estarmos de voltando à realidade habitual, de não ter de fechar as lojas, ter demissões. A vacinação está funcionando e a população já está saindo de casa, sem medo. Tirar as máscaras significa dizer que o medo está suprimido", afirma.
Outra novidade do decreto será o atendimento à demanda da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), para que fosse permitida a hospedagem de turistas que não tenham tomado a terceira dose da vacina. A justificativa se baseava nos índices de vacinação de outros estados, que não tem tamanha cobertura vacinal como no Ceará, que ocupa uma das posições mais privilegiadas desse ranking de vacinação no País.
Segundo o presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, a exigência da D3 para os hóspedes de outros estados estava afugentando alguns visitantes. Agora, a obrigatoriedade para os visitantes sera da 2ª dose da vacina. "Fizemos uma defesa para que turistas não fossem obrigados a apresentar a 3° dose para se hospedar nos hotéis, já que o Ceará está bem adiantado na vacinação, mas em outros estados não temos a mesma realidade. E estamos felizes de que esse pleito foi aceito".
"Duplamente felizes, pelo não uso e o que isso significa. Demonstra para o País como um todo como o Ceará é um local seguro para os turistas", completa Régis.
No setor de alimentação fora do lar, a liberação foi vista como um voto de confiança e amostra de que é possível conciliar a segurança sanitária com maior flexibilização. Por meio de nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE) também celebrou a desobrigação do uso de máscaras em ambientes fechados.
A Abrasel-CE lembra dos prejuízos causados pelas restrições e enfatiza que o novo decreto "mostra um cenário de dias melhores mostra um cenário de dias melhores pela frente, o que representa a confiança do empreendedor em investir na abertura de mais vagas de emprego."
No setor de eventos, a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE), Stella Pavan, destacou que esse movimento já era aguardado e segue em linha com o que outros estados já promoveram. Também enfatiza que isso deve contribuir para o processo de retomada para o setor.
"Agora é preparar os eventos seguindo todos os protocolos, exigindo nos eventos o passaporte da vacina, com três doses. Já exigimos o cartão de vacina, então o setor de eventos está preparado para abraçar os novos eventos", observa.