Com 38% das propostas de crédito para geração solar de energia distribuída (aquela que instala as placas nos telhados de casas e prédios) feitas no Nordeste, a fintech Meu Financiamento Solar (MFS) projeta remodelar as taxas de crédito para ampliar a participação na Região. O plano é manter o crescimento elevado e não dar margem para a concorrência em um dos mercados mais aquecidos do setor no País.
"Olhar o cliente, olhar para a região são desafios. Não temos uma proposta (com as novas taxas), mas estamos estudando. Talvez, para o início do próximo ano ou mesmo para o segundo semestre desse ano, a gente vai ter algo mais estruturado", diz Iasmym Jorge, gerente comercial do MFS.
Ela esteve no Ceará em abril, na Intersolar Summit Brasil Nordeste 2022, quando revelou que tem a expectativa de liberar R$ 12 milhões em linha de crédito em 2022. O recorte por Região deve ser proporcional às demandas atuais, nas quais o Ceará tem 16% das propostas feitas na Região, atrás apenas da Bahia (25%).
Já sobre os consumidores, Iasmym conta que 60% são pessoas físicas e 40%, pequenas e médias empresas. Perguntada se o momento de alta de juros e inflação tem atrapalhado a prospecção de novos financiamentos, ela diz observar com atenção o cenário, mas afirma, destacando as altas nas tarifas de energia convencionais, que "não inviabiliza (o negócio) porque traz segurança para fazer a aquisição do sistema."
De operação totalmente digital, sendo uma das subsidiárias do Banco BV, a MSF enfrentou certa dificuldade no ano passado devido à crise dos contêineres, mas que foi superada pela quantidade de fornecedores que possui no mercado.
Setor
A geração da própria energia deverá movimentar R$ 50 bilhões em 2022, de acordo com as projeções da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR)