O número de empresas abertas no Ceará entre janeiro e abril deste ano cresceu 9,27% com relação ao ano passado. No primeiro quadrimestre de 2022, Estado computou o registro de 37.648 novas empresas frente aos 34.453 registros em igual período de 2021. Com avanço, Ceará encerrou quadrimestre com 557.874 empresas em atividade, apresentando o terceiro maior saldo de negócios da região Nordeste.
Os dados são da primeira publicação do Mapa de Empresas de 2022, divulgado pelo Ministério da Economia. Levantamento expressa ainda um aumento na taxa de fechamento de empresas no Estado. No período analisado, 16.634 empresas cearenses fecharam as portas, número cresceu 15,13% com relação a 2021 quando entre janeiro e abril 14.448 empresas encerraram as atividades de forma definitiva no Ceará.
"Precisamos considerar que com a grande dispensa de pessoas durante a pandemia, muitos foram empreender por necessidade e uma parcela significativa se identificou com a prática e não pretende retornar para um emprego CLT, porém, outros ainda preferem a estabilidade de uma contratação e a medida que as vagas de emprego voltam a serem abertas, abandonam o empreendedorismo", avalia Alci Porto, diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Ceará.
Ele afirma que do total das empresas abertas no Estado no começo deste ano segue a mesma proporção, de 79%, do cenário nacional no que diz respeito aos Microempreendedores Individuais (MEIs). O Mapa de Empresas destaca ainda a escalada de cinco posições do Ceará no ranking de velocidade para abertura de novas empresas. Estado é atualmente o 18º mais ágil na formalização de novos negócios no Brasil após reduzir o tempo de abertura de uma empresa em um dia e quatro horas no último quadrimestre.
O tempo médio de abertura de um novo negócio no Estado é estimado em um dia e 13 horas, sendo o quinto mais rápido do Nordeste. Neste cenário, Alci reafirma a importância do empreendedorismo para o ambiente para o desenvolvimento do Estado.
"O perfil desse empreendedor é aquele que vem da periferia, quase 70% deles. Esses negócios se voltam muito para área de serviços, alimentação fora do lar e beleza, em uma prática flexível e focada em atender a demanda de sua própria comunidade, o que é muito bom. Esse empreendedorismo gera renda onde não tem alternativa de emprego", pontua.
Entre os fatores externos que influenciam na maior abertura de empresas no Estado, Alci destaca incentivos governamentais, políticas de desburocratização, a ampliação da capilaridade de entidades de fomento a essa prática, editais de investimento e uma maior facilidade de acesso ao crédito. A articulação entre tais pontos é um dos diferenciais do Ceará para o apoio do empreendedor e do micro e pequeno empresário.
"Enquanto as grandes empresas de digitalizavam e demitiam na pandemia, os pequenos negócios fortaleceram seus laços com as comunidades, com a oferta de serviços e produtos de forma rápida e à curtas e médias distâncias", complementa Alci. Ele pontua ainda que o fortalecimento da cultura empreendedora entre os jovens cearenses, em especial na rede pública de ensino e nas escolas de formação técnicas são elementos que "resultarão em um crescimento ainda maior do número de novos negócios no Estado".
*Fonte: Ministério da Economia