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Casa dos ventos viabiliza estudos para entrar no mercado de H2V
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Casa dos ventos viabiliza estudos para entrar no mercado de H2V

EXCLUSIVO Empresa já tem memorandos de entendimentos com porto do Pecém, no Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro
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LUCAS Araripe, 
diretor da Casa dos Ventos
 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação LUCAS Araripe, diretor da Casa dos Ventos

A Casa dos Ventos tem a intenção de expandir os negócios de energias renováveis no segmento do Hidrogênio Verde (H2V) tanto no mercado internacional como nacional, segundo o diretor de novos negócios da empresa, Lucas Araripe. Em entrevista ao O POVO, o executivo afirma que com uma carteira grande em energias renováveis fica viável projetos neste sentido já que 70% dos custos para o H2V são desta energia que a empresa já opera de forma competitiva.

Portos em prospecção

“Estamos com memorandos de entendimentos com vários portos e estamos segurando áreas no Ceará, no Pecém; em Pernambuco, na Bahia, e no Rio de Janeiro para produzir hidrogênio e amônia. Ninguém melhor que a gente para fazer isso, mas entendemos que é uma indústria nova e complexa. A ideia é termos bons projetos, mas também nos associarmos com outras empresas com elos de gás e amônia. Teremos parcerias, visando mercado internacional”, declara.

Sem dar muitos detalhes em relação ao Porto do Pecém, Araripe informou que o processo ainda está em estágio inicial, de fechamento, discussão de área, levantamento de empresa de licenciamento ambiental.

De forma geral, ainda está em fase de avaliando e não é possível estimar um prazo para as próximas etapas. “Ainda não tem prazos definidos, não tem tanta demanda e o valor ainda está alto”, informa. Já no mercado doméstico ele comenta que já tem alguns clientes para pequenos projetos de H2V em torno de 10 a 20 megawatt (MW). São feitos em escalas menores para substituição de algumas fases dos projetos de energias renováveis.

O diretor destaca que por serem pioneiros no setor e terem investido em grandes clientes no início, como a Vale, a ideia para o futuro é atender, também, médios e pequenos clientes no varejo, por meio da autoprodução, quando o consumidor se torna sócio da planta da unidade geradora, o que proporciona algumas isenções em encargos. “Isso é uma tendência”, afirma.

Operação híbrida

Outra ideia é tornar as plantas que a Casa dos Ventos possui em híbridas com captação também de energia solar, além da eólica. O executivo explica que o solar híbrido é mais competitivo que o solar sozinho, pois aproveita a subestação e a linha e não paga a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUSD/TUST). E otimiza a operação, pois entra no montante da eólica que não é usada todo tempo.

A previsão da empresa é ter 3,5 gigawatts (GW) em operação para 2025, somando eólicas, solares e híbridas, tanto as que já estão em funcionamento como as em constrção e as que vão entrar em ainda. E, até o final de 2026, incrementar, possivelmente, com mais 2,5 GW solicitados, que estão em outorga.

Atualmente, a Casa dos Ventos tem 11 clientes com perfil consumidor de energia, como, por exemplo, a Tivit, a Vulcabras e a Valgroup, que atuam no Ceará. Esses parceiros atuam em setores variados e firmaram contratos de compra de energia (PPAs) com a companhia. (Colaborou Beatriz Cavalcante)

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