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Após recorde de exportações, setor de rochas mira mercado chinês
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Após recorde de exportações, setor de rochas mira mercado chinês

Ceará | Apenas entre os meses de janeiro e outubro foram vendidas para o Exterior 56 mil toneladas do produto e a expectativa é de vender mais 9,6 mil até dezembro
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TENDÊNCIAS do setor de rochas estão sendo apresentadas na Fortaleza Stone Fair (Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo TENDÊNCIAS do setor de rochas estão sendo apresentadas na Fortaleza Stone Fair

Após as exportações de rochas ornamentais terem crescido cerca de 20% em 2022 e batido o recorde da comercialização desse tipo de produto no Ceará, o próximo alvo do segmento de mineração no Estado é o mercado chinês. 

Mesmo faltando computar os números dos últimos dois meses do ano, entre janeiro e outubro, foram vendidas 56 mil toneladas e a previsão é de que sejam exportadas mais 9,6 mil toneladas. Em volume financeiro, esse comércio com outros países devem ficar na casa dos US$ 42 milhões (ou cerca de R$ 217,5 milhões ), segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens.

“A gente em 2015 exportava US$ 14 milhões e em sete anos triplicamos esse valor. A expectativa para esse crescimento acelerado é porque depois de uma fase intensa de pesquisas e licenciamento ambiental, com o estabelecimento de um marco regulatório do setor no meio, já existem muitas áreas que estão na fase da extração propriamente dita”, explicou Rubens, no primeiro dia do evento Fortaleza Brazil Stone Fair 2022.

Parte dessas projeções otimistas decorrem também dos avanços na logística de movimentação dos blocos de mármores e granitos, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), conforme explicou o diretor da Termaco Logística e Tecer Terminais, Carlos Maia. Tal incremento, inclusive, permitirá exportar rochas ornamentais, pela primeira vez, do Ceará para a China em 2023.

No cenário nacional, o país asiático já é o segundo maior importador de rochas ornamentais, com volume comprado de US$ 153,6 milhões (ou R$ 795,6 milhões), logo atrás dos Estados Unidos, com US$ 838,5 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões), e bem à frente da Itália, com US$ 86,4 milhões (aproximadamente R$ 447,5 milhões) comercializados.

Durante o evento foi lançada, em forma de plataforma digital interativa, o Atlas Geológico e da Mineração do Ceará que permite a estudiosos, governos e investidores terem acesso a informações como a localização das principais jazidas de cada minério, a existência de área de preservação ambiental no entorno, bem como a infraestrutura local, entre outros dados.

A iniciativa é da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Ceará (Sebrae-CE) com apoio técnico da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), entre outras instituições.

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