O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou ontem propostas de reajuste salarial de até 9% para os servidores públicos federais, na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente com o funcionalismo.
No encontro, o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, colocou para os representantes de diversas entidades ligadas às diferentes categorias do serviço público três opções de reajuste. Para começar a viger em março, o aumento seria de 7,8%. Já para iniciar em abril, o incremento seria de 8,5% e para vigorar a partir de maio esse aumento seria de 9%.
“A espera é de que as entidades recebam o mais rápido possível essa proposta formal para podermos avançar nesses debates tão urgentes”, disse o secretário, durante a reunião. Ele lembrou ainda que o valor previsto para reajuste de salários e benefícios em 2023 é de R$ 11,2 bilhões, mas que o governo Lula (PT) estaria disposto a fazer uma suplementação de R$ 4,8 bilhões. Além das três propostas apresentadas, o governo federal sinalizou com aumento de 44% no auxílio alimentação.
No último dia 7, a ministra Esther Dweck havia aberto a mesa de negociação. Ela afirmou que o aumento seria para todas as carreiras considerando que algumas categorias de servidores federais estão há mais de sete anos sem aumento real. No último quadriênio, por exemplo, a estimativa das entidades que participaram das conversações ontem com o Executivo é de que as perdas salariais foram da ordem de 27%.
De acordo com o presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes), Nilton Brandão, avaliou, contudo que “a primeira reunião não supriu a nossa expectativa no que diz respeito à apresentação de propostas. A previsão é de que ainda nesse mês aconteça um novo encontro da mesa”.
Por sua vez, o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, a expectativa da categoria com as negociações é a de aumentar o percentual do reajuste geral e também dos benefícios. “Afinal, estamos sem reposição salarial desde o governo Dilma”, pontuou.
Já o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou esperar que o reajuste seja feito “ por meio de medida provisória, porque ninguém tem mais tempo pra esperar depois de ter perdido um terço do poder aquisitivo dos salários”.
Mesa
Participaram da rodada de negociação com o Estado membros de 23 sindicatos de servidores