Um dos projetos pioneiros em implantação de usina solar flutuante no Brasil, com cerca de 23MW de potência instalada coloca o estado em posição de vanguarda nesse novo nicho do mercado de energias renováveis.
De acordo com o presidente da Gram-Eollic, Fernando Ximenes, a usina da fazenda Chica Doce-BS, no município de Pindoretama (CE) gera cerca de 10 mil KWh de energia e, além da produção energética possibilita um excedente de água que permite sustentar um sistema irrigado de produção de feno para criação de gado nelore, ao bombear 40 mil litros de água por hora.
Ele também avaliou como subestimado o potencial avaliado para o estado pelos pesquisadores da UFRJ quanto ao uso da nova tecnologia. "Por termos saído na frente, na prática, nós estamos em primeiro lugar em termos de capacidade de produzir energia em usinas solares flutuantes. Somente o Castanhão, tem capacidade potencial instalada de 7,6 GW, o que é mais de três vezes mais que o apontado pelo estudo da UFRJ", exemplifica.
"Usando os grandes açudes, tais como o Orós, o Banabuiú, o Riachão-Pacoti, além do Canal dos Trabalhadores, bem como as bacias do Cocó,do Acaraú e do Jaguaribe já temos um grande potencial onshore. Do ponto de vista offshore, nós poderíamos usar os mares fechados de Fortaleza, Pecém, Camocim e Paracuru", cita.
"Então, nós poderíamos utilizar os 180 mil km de linha de transmissão do Brasil e exportar o suficiente para suprir 30% da demanda energética nacional", projeta.