A transferência da tancagem dos combustíveis líquidos do Porto de Fortaleza, no Mucuripe, para o Porto do Pecém também está em curso, segundo Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém. Uma reunião deve acontecer até o fim deste mês para tratar da operação com vistas na lei municipal aprovada pela Prefeitura de Fortaleza que prevê o fim da tancagem em 2027.
Hoje, o Porto do Mucuripe, controlado pela estatal federal Companhia Docas do Ceará, tem capacidade total de 140 mil metros cúbicos (m³) de combustíveis. Já o projeto feito para o Pecém prevê uma capacidade de tancagem de 210 mil m³.
Já o investimento planejado é de R$ 300 milhões, sendo R$ 200 milhões na primeira fase. Apesar das vantagens, o projeto não teve o ritmo esperado nos últimos anos. Após o anúncio do interesse do Estado de transferir a tancagem para o Pecém, o governo chegou a assinar um contrato com a holandesa Vopak, que foi quebrado pela empresa em 2021.
Em seguida, um novo memorando de entendimento foi assinado com a pernambucana Dislub, que está em vigor. "O processo de licenciamento está em andamento. Estamos nesse processo de negociação com a Petrobras para que se posicione favoravelmente ao processo de transferência da tancagem, apesar de já ter vendido a BR. Mas, de qualquer forma, como está nesse processo de venda da Lubnor, esperamos que se posicione favoravelmente à movimentação", afirmou Figueirêdo.
O presidente do Complexo defende ainda que a ida da tancagem para o Pecém deve reduzir os preços dos combustíveis no Ceará. Isso porque, segundo ele, o terminal localizado fora da Capital tem maior capacidade de armazenamento, fazendo com que todo o consumo do Estado seja movimentado lá, eliminando o uso de caminhões nessa operação e tornando a logística mais barata.
Apoio
Perguntado sobre a posição da Prefeitura de Fortaleza, Hugo Figueirêdo afirmou que o Município é o autor da lei e, apesar de mexer com a arrecadação,
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