O Brasil vai precisar investir entre R$ 3 trilhões e R$ 3,5 trilhões em infraestrutura nos próximos dez anos, principalmente no segmento de energia em face da demanda por usinas de moléculas de hidrogênio - que devem ser o motor da transição nas próximas décadas.
A afirmação foi feita ontem pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES, Luciana Costa, durante seminário organizado pelo banco em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a alemã Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES).
Nos últimos 20 anos, segundo ela, foi investido R$ 1 trilhão em infraestrutura, o que indica o esforço que o País ainda precisa fazer para resolver os gargalos no setor de infraestrutura.
Segundo ela, apenas na expansão da geração de energia será preciso investir R$ 520 bilhões, além de R$ 1 trilhão para financiar usinas de hidrogênio verde.
A expansão da eletromobilidade, um dos focos do banco conforme o presidente Aloizio Mercadante, vai exigir R$ 263 bilhões, o que deve contemplar no curto e médio prazos a indústria de ônibus elétricos. "Como pensar isso sem ter um grande banco de fomento? Se o BNDES não fomentar, o mercado privado sozinho não vai conseguir. Na verdade, se o BNDES entrar, as outras fontes vão ter mais negócios para fazer", disse. (Agência Estado)