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BNB projeta R$ 1 bilhão em crédito para setor de comércio e serviços no Ceará
Economia

BNB projeta R$ 1 bilhão em crédito para setor de comércio e serviços no Ceará

|EM 2023| Banco de fomento deve lançar novos produtos para o setor produtivo, incluindo um cartão para holdings, enquanto quer reforçar apoio a micro e pequenos negócios
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O PRESIDENTE do BNB, Paulo Câmara, tem participado de encontros 
com lideranças do comércio cearense  (Foto: Divulgação/CDL)
Foto: Divulgação/CDL O PRESIDENTE do BNB, Paulo Câmara, tem participado de encontros com lideranças do comércio cearense

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) projeta R$ 1 bilhão em crédito para o setor de comércio e serviços no Ceará em 2023.

Ontem, o presidente da instituição de fomento, Paulo Câmara, esteve reunido com líderes varejistas na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDLFor) para apresentar novas linhas de crédito, bem como mudanças nas linhas já ofertadas para a iniciativa privada.

Além disso, o BNB anunciou que estuda a criação de um cartão virtual voltado para grandes grupos empresariais, as chamadas holdings, ao mesmo tempo em que deve reforçar a atuação junto às micro e pequenas empresas, incluindo no sentido de reduzir a inadimplência, que hoje oscila entre 3% e 5% dos clientes do banco.

“A inadimplência preocupa evidentemente, apesar de o BNB ter uma tradição de inadimplência baixa (quando comparada a outras instituições financeiras), mas nós vamos também ver as formas de fazer com que esse cliente, hoje inadimplente, fique em dia. Nós vamos integrar esse plano que o governo federal lançou, o Desenrola, justamente para ir atrás das pessoas que têm alguma dificuldade para regularizar seus débitos, mas sabemos também que os juros no Brasil precisam baixar”, ressaltou Câmara, em referência à manutenção da taxa Selic pelo Banco Central em 13,75%, na última reunião.

Ele afirmou ainda que o comitê interno do banco que gere os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) tem se preocupado em equilibrar essa distribuição entre empresas de diferentes portes “pegando desde o grande até o microcrédito e variando entre os setores. Então, o agro tem cerca de um terço dos investimentos, a infraestrutura um terço dos investimentos e comércio, serviços e indústria mais um terço desses investimentos. Essas são formas de tentar juntar todo o setor produtivo da economia”.

Durante o encontro, a superintendente estadual do BNB no Ceará, Eliane Brasil, apresentou alguns dos principais números do banco relacionados às linhas de crédito, entre outros produtos financeiros, disponíveis à iniciativa privada. Ela citou, por exemplo, que as taxas de financiamento do banco podem chegar a 0,59% ao mês. O banco conta, hoje, com 5,7 milhões de clientes ativos.

No caso dos produtos, Eliane destacou o FNE Sol, que permite financiar em até 100% investimentos em instalação de placas solares, com taxas a partir de 7,49% ao ano; o FNE MPE, voltada às micro e pequenas empresas, com prazo de carência de até 4 anos e 12 anos para quitação do empréstimo; bem como o FNE Franquias, com carência de até 12 meses e prazo para pagar de até 96 meses.

Com a expectativa de incremento nas linhas de crédito e na melhoria do poder de compra dos consumidores, o presidente da CDL Fortaleza, Assis Cavalcante, projeta fechar o 1º semestre com crescimento do setor de até 2% na comparação com período equivalente do ano passado e acima desse patamar no 2º semestre.

Ele exalta, contudo, o 2º quadrimestre do ano, entre maio e agosto, como o principal período do varejo em Fortaleza. “O nosso foco nesse momento é exatamente essa quadra porque tem datas comemorativas como o Dia das Mães, o Dia dos Namorados, o Dia dos País e as festas juninas e em julho tem férias”, cita.

Por fim, o vice-presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Honório Pinheiro, também demonstrou confiança com as perspectivas para o setor, inclusive no que se refere ao financiamento.

“As coisas começaram a melhorar agora. Nós ainda temos juros muito altos, mas as linhas de crédito começam a aparecer e as famílias a se animar no 2º semestre, que representa 55% do ano para o varejo”, conclui.

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