O Governo do Ceará investiu o montante de R$ 800 milhões em seis meses de governo Elmano de Freitas (PT). Com isso, percentual subiu de 21,3% para 30,7% do orçamento previsto a ser executado em 2023 com investimentos. A informação é do secretário da Fazenda do Estado, Fabrízio Gomes, que participou da reunião de secretariado do Executivo estadual, ontem.
O titular da Sefaz ainda diz que, para um primeiro ano de gestão, a prioridade do Governo é tomar as medidas com cautela. "O Governo do Estado está tomando as medidas necessárias para que tenhamos esse equilíbrio. Comparando com outros estados do País, o Ceará é um dos centros que reduziu custeio neste primeiro quadrimestre de 2023, então hoje temos um endividamento em queda e temos uma condição de investimentos também", explica.
O montante aumentou em relação ao que havia sido aportado. Isso porque, conforme O POVO adiantou, os dados disponíveis de janeiro até uma parcial de junho deste ano mostravam um início lento nos investimentos.
Os números apresentavam injeções de de R$ 553,9 milhões pelo Estado, valor que representava 21,3% dos R$ 2,6 bilhões da dotação prevista até o fim de 2023.
No primeiro bimestre de 2023, os investimentos ficaram em R$ 9,8 milhões. Entre março e abril, os valores passaram de R$ 230,2 milhões; totalizando R$ 240 milhões em quatro meses.
O valor representava menos de 10% da dotação prevista para o ano. Os dados de janeiro a abril são os consolidados mais recentes disponíveis nos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Mas, os outros resultados parciais até junho haviam sido enviados ao O POVO. Com isso, a execução do mês de maio e parcial de junho alcançavam aplicação de investimentos no Estado no montante de R$ 313,9 milhões.
"Os números comprovam que, apesar de ainda não finalizado o 3º bimestre, ele já é superior em (cerca de) 31% a todo valor investido nos quatro primeiros meses, o que demonstra a consolidação dos investimentos", pontua a gestão.
O valor parcial dos investimentos no bimestre maio/junho foi enviado ao O POVO no dia 19 deste mês.
A Casa Civil informou ainda que 63% de todo o valor investido até junho foi financiado com recursos do tesouro estadual; 17% com financiamentos de instituições financeiras; 10% com recursos de convênios e o restante por demais receitas.
"Os dados demonstram o esforço do governo de honrar com seus compromissos independentemente do ingresso dos recursos de outros entes ou instituições, sempre de forma responsável", complementa.
Com informações dos repórteres Samuel Pimentel e Vítor Magalhães