O Ceará ultrapassou a Paraíba e se tornou o estado nordestino com melhor índice no ranking de competitividade dos Estados e Municípios 2023, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Gove e a Seall.
O Ceará passou da 12ª para a 11ª colocação do Brasil no ranking geral e segue com a educação como principal indicador, na quarta posição entre todas as unidades da federação. Outro segmento de destaque foi a solidez fiscal, que subiu da oitava para a sexta colocação.
O Estado também melhorou os índices de segurança pública, saindo da 25ª colocação em 2022 para a 16ª, puxado pela qualidade de informações sobre a criminalidade.No entanto, a métrica ainda aponta que o local tem o segundo pior índice do país em relação a mortes a esclarecer.
Também houve avanço em sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública, solidez fiscal e sustentabilidade social. Por outro lado, o Ceará registou queda nos índices de capital humano, infraestrutura e potencial de mercado.
Para o gerente de competitividade do CLP, Lucas Cepeda, no caso do Estado, "a manutenção da boa posição em educação se repete agora e a gente tem também o avanço no pilar de solidez fiscal, que é um pilar com um peso significativo no ranking e, além disso, vale destacar como marco muito interessante, o avanço de nove colocações na questão da segurança pública".
Entre os municípios, Fortaleza permanece na segunda colocação entre as cidades nordestinas, mas caiu nove posições no ranking nacional, saindo da 125ª para 134ª.
Contribuiu para a baixada cidade a queda em sete dos 13 pilares do levantamento, sobretudo em sustentabilidade fiscal, na 237ª posição, e saneamento, na 277ª posição. Por outro lado, a cidade evoluiu significativamente em qualidade da saúde, passando da 328ª para a 167ª posição.
O pesquisador Lucas Cepeda destaca ainda que "quando a gente olha para questão fiscal do município de Fortaleza em 2022, houve uma queda de 101 colocações em relação ao ranking no ano anterior". Nesse sentido, a secretária de Finanças da Capital, Flávia Teixeira, ponderou "que qualquer política pública para uma cidade com quase 2,5 milhões de habitantes é muito mais complexa do que para uma cidade de 80 mil, 100 mil, 500 mil habitantes".
Ela alegou ainda que a queda de investimentos aconteceu porque o município não consegue investir no mesmo patamar todos os anos. Sempre há um ciclo de grandes aplicações e depois de fortalecimento do custeio da máquina pública.
"O município entrega o investimento e diminui o volume de aplicações para poder fazer a sustentação do equipamento.Eu entendo que o resultado do estudo é satisfatório, apesar de que sempre é muito importante para que a gente analise aquilo que precisa ser melhorado", completou a gestora.
O ranking de competitividade, diz o CLP, "tem como objetivo principal alcançar um entendimento mais profundo e abrangente das 27 unidades da federação e dos 410 municípios acima de 80 mil habitantes, pontuando a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública dos locais".
No ranking de estados são considerados 10 pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
Já o dos municípios são organizados em 13 pilares temáticos e 3 dimensões. Sustentabilidade fiscal e funcionamento da máquina pública compõem o geral de instituições; os de sociedade são compostos por acesso à saúde, qualidade da saúde, acesso à educação, qualidade da educação, segurança, saneamento e meio ambiente.
A dimensão de economia é abrangida por inserção econômica, inovação e dinamismo econômico, capital humano e telecomunicações. (Colaborou Adriano Queiroz)