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Ceará está entre estados beneficiados por projeto de R$ 42 bi de Complexo de Saúde
Economia

Ceará está entre estados beneficiados por projeto de R$ 42 bi de Complexo de Saúde

|INVESTIMENTOS| Parte desse valor irá para construção do Complexo de Bio-Manguinhos, que já tem R$ 1 bilhão orçado para os próximos quatro anos
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O MUNICÍPIO do Eusébio vai receber dois novos laboratórios para pesquisa  (Foto: JÚLIO CAESAR )
Foto: JÚLIO CAESAR O MUNICÍPIO do Eusébio vai receber dois novos laboratórios para pesquisa

O Ceará vai ser um dos estados beneficiados com os investimentos para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O presidente Lula assinou ontem um decreto instituindo a aplicação de R$ 42 bilhões para unidades do setor como estratégia para reindustrialização. Os valores para o Estado ainda não foram divulgados.

De acordo com o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Carlile Lavor, o primeiro laboratório do novo projeto no Estado já deve ficar pronto em novembro, instalado dentro do prédio já existente no município do Eusébio.

Além disso, outro prédio, já comprado, aguarda licitação para a criação de uma segunda unidade do Complexo Tecnológico de Bio-Manguinhos, que hoje só possui unidade no Rio de Janeiro, e é a principal responsável por pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico.

Para além dos novos investimentos previstos a partir do anúncio feito pelo governo federal, o coordenador do Laboratório de Redes Inteligentes e Integradas (Lariisa) em Saúde Digital da Fiocruz Odorico Monteiro, afirmou que já estava orçado cerca de R$ 1 bilhão para a segunda unidade de Bio-Manguinhos, que devem ser investidos ao longo dos próximos quatro anos. “Esse projeto é extremamente complexo e deve ser licitada a primeira etapa dele esse ano ainda”, explicou.

Conforme havia noticiado O POVO, contudo, a previsão inicial para a operação de Bio-Manguinhos era abril deste ano. Apesar do atraso e da incerteza quanto à nova data, Carlile Lavor destacou que "já tem um profissional da unidade do Rio de Janeiro que está coordenando essa implantação, além de dois pesquisadores aqui do Ceará contratados para trabalhar em laboratório".

Ele acrescentou que estão previstas muitas contratações de profissionais do Estado. "Vai ter emprego para nossos doutores, nossos pesquisadores e mestres doutores que se formam no Ceará e estão indo embora para o Sudeste. Na pandemia, nós empregamos no laboratório 150 pessoas, mas ainda não tenho quantas serão abertas agora", pontuou.

Voltando a falar sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde anunciado pelo governo federal, dos R$ 42 bilhões estimados, R$ 9 bilhões devem vir do Novo PAC. Já o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve participar com R$ 6 bilhões e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com outros R$ 4 bilhões.

Está previsto ainda o aporte de cerca de R$ 23 bilhões da iniciativa privada. Expectativa similar de atração do empresariado vive a Fiocruz Ceará. “Temos hoje, em parceria com o governo do Estado, a estruturação de um terreno de 40 hectares para atrair empresas de base tecnológica e fortalecer esse polo de saúde”, relembrou Odorico Monteiro.

De acordo com o Governo Federal, atualmente, o setor da saúde representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB), garante a geração de 20 milhões de empregos diretos e indiretos e responde por um terço das pesquisas científicas no País. (Colaborou Adriano Queiroz)

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