Logo O POVO+
Governo está "muito atento" ao que investidores de hidrogênio verde querem, diz VP da Comerc Energia
Economia

Governo está "muito atento" ao que investidores de hidrogênio verde querem, diz VP da Comerc Energia

Pedro Kurbhi, vice-presidente de Negócios do grupo, destaca que o avanço no diálogo é importante para garantir investimentos. Ele aponta o Ceará como local diferenciado nestes interesses
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Pedro Kurbhi destaca o potencial 
do Ceará com o hub de H2V (Foto: Douglas Eiji Matsunaga/ Comerc/ Divulgação)
Foto: Douglas Eiji Matsunaga/ Comerc/ Divulgação Pedro Kurbhi destaca o potencial do Ceará com o hub de H2V

A sinalização do Governo Federal de regulamentação da produção de hidrogênio verde no Brasil até o fim de 2023 tem animado o mercado. Segundo o vice-presidente de Negócios do Grupo Comerc Vibra, Pedro Kurbhi, o governo "está muito atento" ao que os investidores querem.

Uma das prioridades da empresa, que adquiriu a cearense Soma Energia por R$ 20 milhões, em setembro de 2022, é avançar na instalação de geradores de energia solar no Ceará. Com a liberação da entrada de  todos os consumidores da alta tensão no mercado livre de energia, as atenções também se voltam a esse público a partir do escritório do grupo, em Fortaleza.

"Temos alguns parques localizados na região. Então, toda e qualquer oportunidade que a gente perceba que tenha sentido para o Grupo Comerc estaremos atentos para estamos com uma boa participação comercial para o grupo", destaca Pedro.

O Grupo Comerc é parceiro da Casa dos Ventos em projeto para instalação de unidade de produção de hidrogênio verde e amônia verde no Complexo do Pecém. As empresas assinaram pré-contrato em dezembro de 2022 e preveem iniciar operação industrial em 2026.

Quando estiver em plena capacidade operacional, a unidade industrial prevê capacidade de até 2,4 GW de eletrólise para produzir mais de mil toneladas de H2V por dia e 2,2 milhões de toneladas de amônia verde por ano.

Comerc em parceria com a Casa dos Ventos no Ceará

Ao O POVO, ele enfatiza que continua acreditando no potencial de desenvolvimento do projeto em parceria com a Casa dos Ventos em relação à produção de hidrogênio verde e destaca o Ceará como local diferenciado nestes interesses.

"Acreditamos num potencial muito grande de crescer com hidrogênio verde. Não num horizonte para 2024, mas acredito que nos próximos anos essas oportunidades vão ficar cada vez mais palpáveis e teremos condições de aproveitar", pontua.

O executivo destaca ainda que o avanço no sentido da regulamentação do mercado, na discussão de critérios e as condições para gerar conforto na hora de fazer um investimento. Ele ainda completa, afirmando que enxerga evolução na definição de critérios, conversas evoluindo e, principalmente, vontade política.

"Os investimentos no hidrogênio verde são bastante vultuosos, então para construir uma planta são algumas centenas de milhões de dólares. Por isso, precisamos de um arcabouço legislativo bastante robusto", afirma.

Ele detalha ainda que, no que se refere às discussões sobre hidrogênio, os empresários têm "percebido uma vontade muito grande" do governo, que tem se mostrado "bastante atento" às oportunidades em energias renováveis.

"Temos a oportunidade de reindustrializar o Brasil com o hidrogênio verde sendo o grande vetor de investimentos nos próximos anos", enfatiza.

Imposto sobre o diesel voltou e alimentos vão subir: Entenda o impacto

Mais notícias de Economia

Congresso

O pré-relatório
do projeto
de regulação do Hidrogênio Verde (H2V) será apresentado no Congresso Nacional nesta terça-feira, 10

O que você achou desse conteúdo?