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Ceará quer calcular peso da economia do cuidado no Estado
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Ceará quer calcular peso da economia do cuidado no Estado

| Diz Jade Romero | Governadora em exercício, ela afirmou que fez contatos com a ministra Simone Tebet e já acionou o Ipece para atuar com esse objetivo
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O POVO News na noite de ontem, 6 (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Jade participou do O POVO News na noite de ontem, 6

O Ceará quer mensurar quanto a chamada economia do cuidado - quando uma pessoa da família, na maioria das vezes as mulheres, tem mais responsabilidades no funcionamento da casa - movimenta no Estado, segundo afirmou a governadora em exercício e titular da Secretaria da Mulher, Jade Romero.

Ela revelou que esteve com a ministra Simone Tebet (Planejamento e Gestão) e sugeriu uma metodologia para ser aplicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em âmbito nacional. No Ceará, disse em entrevista exclusiva ao O POVO na noite de ontem, 6, ela já acionou o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) para pensar um modo local de calcular o peso dessa atividade.

"A gente está falando de uma atividade invisível, não remunerada, mas que é base na economia para que todos os setores restantes possam se desenvolver e acontecer. Então, a primeira medida que considero importante é tirar da invisibilidade", afirmou.

No mundo, diz ela, "ao contabilizar o trabalho do cuidado, o trabalho doméstico, seja a dupla ou a tripla jornada, ou seja as mulheres que precisam ficar em casa fazendo esse trabalho do cuidado para que os homens possam sair para trabalhar, esse esforço representaria em torno de 13% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial".

Políticas públicas

Jade explica que identificar o quanto essa economia do cuidado representa no Ceará é o início para que sejam elaboradas políticas públicas para tornar isso visível e, principalmente, combater a carga elevada sobre as mulheres que exercem todas essas atividades.

Enquanto não dispõe dessas informações, a governadora em exercício ressalta o que já tem feito para atenuar as condições das mulheres no Estado: "Vamos lançar um edital para lavanderias comunitárias, com máquinas eletrônicas para aliviar o peso desse serviço, temos ainda um projeto para que, dentro do Cearácredi, temos R$ 20 milhões só para mulheres e, de todo o programa, mais de 70% é acessado por mulheres. Temos ainda o desafio da formalização porque, por conta desses afazeres, as mulheres buscam mais o empreendedorismo ou o mercado informal e esse recurso pode ser melhor investido".

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