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Caatinga vai ajudar agro a produzir mais, diz Gabas
Economia

Caatinga vai ajudar agro a produzir mais, diz Gabas

| COMPETITIVIDADE | Secretário executivo do Consórcio Nordeste afirmou que pesquisa com plantas do bioma ajudará a aprimorar manejo de grãos e outras culturas
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Carlos Gabas, representando o Consórcio Nordeste (Foto: André Lima)
Foto: André Lima Carlos Gabas, representando o Consórcio Nordeste

O secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Alberto Gabas, disse ontem, em Fortaleza, que o investimento em pesquisa genética sobre as plantas do bioma caatinga deve ajudar a aumentar a produtividade agrícola.

A declaração foi dada durante o Fórum de Competitividade Regional do Nordeste, coordenado pelo (Grupo de Líderes Empresariais) Lide Ceará.

Gabas lembrou ainda que, apesar de ser menos extensa e tida como mais pobre em termos de biodiversidade, a Caatinga tem maior eficiência na absorção de dióxido de carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa que a Amazônia.

“Não podemos perder essa oportunidade porque se o clima está mudando e o mundo está esquentando qual é a vegetação resiliente a essa situação e que sobrevive sem água e no calor enorme? É justamente a Caatinga. Ora, nós temos que fazer pesquisa genética para saber quais são os fatores genéticos que possibilitam isso e, depois, vamos aplicar esse conhecimento para aprimorar as demais culturas, tais como os grãos de arroz, milho e soja”, exemplificou. Gabas citou ainda a projeção de aumentar em 50% o Produto Interno Bruto (PIB) nominal do Nordeste até 2033.

Nesse sentido, a presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, lembrou que um dos grandes desafios para cumprir tal objetivo é o fato de que a região já está em déficit em termos de desenvolvimento econômico, na comparação com outras partes do País. Apesar disso, ela afirma que “o momento é muito positivo”. Ela acrescenta que “talvez o que falta, realmente, é esse planejamento estratégico conjunto entre a iniciativa privada e as instituições de desenvolvimento, tais como as que participaram desse fórum”.

Quem também tratou do tema foi o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara. Para ele, a região “precisa crescer mais do que o Brasil, até como parte da estratégia de diminuição das desigualdades, mas a gente tem que ter pé no chão e se essa meta for alcançada nos próximos dez anos será um avanço importante”. Sobre o papel do próprio banco, nesse sentido, ele citou o crescimento recorde registrado nos nove primeiros meses do ano em contratações, que chegaram a R$ 41, 6 bilhões.

O evento contou também com a presença do senador Cid Gomes (PDT-CE) que citou outras potencialidades do Nordeste, incluindo a silvicultura, com a plantação de eucalipto. Ele também voltou a defender um investimento iniciado durante sua gestão como governador do Ceará e que se encontra atualmente abandonado e sem futuro definido: o Acquario.

“No turismo, a gente tem que ter coragem de enfrentar certos tabus. O Centro de Eventos foi pensado para que o Ceará possa ter atração e os hotéis possam funcionar fora da alta estação. E prolongar a permanência dos turistas, vai requerer inovações. Por isso, eu continuo achando que o Acquario seria um atrativo turístico aqui para o nosso Estado”, reiterou.

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