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Olympikus vai produzir tênis com placa de carbono em fábrica do Ceará
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Olympikus vai produzir tênis com placa de carbono em fábrica do Ceará

| Linha Corre | Marca tem todos os tênis produzidos na unidade de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza
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FÁBRICA da Vulcabrás emprega 7,5 mil cearenses (Foto: ALEXANDRE RAUPP SCHEBELA/ Divulgação)
Foto: ALEXANDRE RAUPP SCHEBELA/ Divulgação FÁBRICA da Vulcabrás emprega 7,5 mil cearenses

A marca brasileira de artigos esportivos Olympikus vai investir parte dos R$ 400 milhões de Capex projetados pela Vulcabrás, controladora da empresa, para os últimos quatro anos na produção de um novo tênis de corrida com placa de carbono, voltado para alta performance. Como todos os demais da marca, o calçado será produzido na fábrica de Horizonte, a 44,8 km de Fortaleza.

O lançamento está previsto para março do ano que vem, segundo revelou Márcio Callage, diretor de Marketing da Olympikus. Até lá, a produção da indústria será adaptada, uma vez que o tênis conta com uma nova tecnologia, que é a utilização de placa de carbono no solado.

Se seguir as estrangeiras com calçados semelhantes lançados no Brasil, a marca brasileira deve aplicar a placa entre espumas para melhorar o desempenho dos corredores. Lançados entre 2016 e 2017, os primeiros tênis de corrida com placa de carbono são direcionados a atletas experientes e competidores.

"É um tênis de alta performance com o objetivo de colocar a Olympikus dentro da categoria de supershoes (supercalçados)", afirmou Callage durante coletiva em Bento Gonçalves (RS) no último fim de semana, quando estava marcado o Bota Para Correr (BPC) Vale dos Vinhedos.

Mais lançamentos em 2024

O diretor de Marketing comemorou ainda os resultados da última linha de tênis para corrida, lançada em março deste ano, cujas vendas representam 15% de todos os modelos da marca, hoje. Composta por 4 modelos, a coleção tem o Corre 3 como principal produto.

Ao todo, o modelo contou com 11 versões lançadas neste ano, entre designs comerciais, colabs com outras empresas e versões exclusivas de provas. Comercialmente, a Olympikus trabalha os lançamentos a cada três meses para abastecer o varejo e levar novidades.

Corre Vento (também voltado para corrida de rua), Corre Trilha (para estradas carroçáveis e calçamento) e o Corre Grafeno (modelo com placa de grafeno aplicada entre a espuma do calçado) são os demais tênis voltados para corrida produzidos no Ceará e enviados a todo o País.

Para 2024, Callage prometeu o lançamento de novas versões melhoradas de todos eles, com uma mudança: a apresentação dos calçados será feita no segundo semestre do ano. Antes, era até março.

“Parte da estratégia de lançar o Corre 4 no segundo semestre é para dar uma vida mais longa ao Corre 3”, assumiu.

Coleção de roupas

Outra promessa do diretor de Marketing para o próximo ano é de uma coleção de roupas para corrida de qualidade superior. A ideia, disse ele, é fazer modelos colaborativos, ouvindo usuários e, especialmente, corredores profissionais.

No entanto, a produção dos itens não será própria. De acordo com Callage, a Olympikus vai continuar terceirizando a fabricação do vestuário. Perguntado se será uma empresa brasileira ou estrangeira, ele afirmou que “ainda não se sabe”.

Tufão e cancelamento de prova

As informações dadas por Márcio Callage aconteceram quando a Olympikus informou oficialmente que as provas do Bota Para Correr Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), estavam canceladas devido às fortes chuvas na região.

Marcadas para o dia 18 de novembro, as corridas de 5 km, 11 km, 20 km e 21 km foram inicialmente adiadas e, depois, canceladas. As águas preparadas para a hidratação dos corredores e os alimentos do café da manhã foram doados. As festas também foram canceladas.

“Tem um momento que a gente tem que saber a hora de parar e aquele era o momento de fato, de pensar que tá todo mundo bem”, lamentou, acrescentando que o BPC é promovido como celebração entre os corredores e não havia clima de celebração com pessoas sem casa e mortas na região.

Programação e turismo local

Na sexta-feira, 17, enquanto o tempo ainda permitiu, o BPC teve uma conversa com o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. O atleta falou da experiência dele ao voltar a correr em Atenas, na Grécia, após ter a prova interrompida nas Olimpíadas de 2004. Além dele, o treinador queniano Elkana Kiptum Ruto, também compartilhou sua experiência.

Com base na sede da vinícola Miolo, o BPC buscou aliar o esporte ao turismo local. Os participantes, inclusive, contavam com descontos em produtos e atrações locais. Porém, o clima não permitiu a experiência completa pelos participantes e toda a programação, que incluía ainda uma festa de confraternização, foi cancelada.

Na última semana, a Olympikus informou que "os participantes têm a possibilidade de retirar um tênis Corre 3 adicional à inscrição ou optar pela inscrição gratuita nos eventos que a Olympikus irá patrocinar e/ou promover em 2024 como as Maratonas Internacionais de São Paulo e Porto Alegre ou as edições do Bota Pra Correr 2024". Os inscritos podem fazer a escolha no botapracorrer@olympikus.com.br.

*O jornalista viajou a Bento Gonçalves a convite da Olympikus

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