Fortaleza está entre os 11 municípios que detinham quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, com 0,8% de participação. Em comparação com 2002, a Capital subiu apenas uma posição no ranking, saindo da 12ª para a 11ª.
Os dados são do PIB dos Municípios, divulgado nesta sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um País, estado ou cidade, geralmente em um ano. Em 2021, o valor total de Fortaleza foi de R$ 73,4 bilhões, um crescimento de cerca de 98% em relação à 2010 (R$ 37 bilhões).
Com o resultado, a Cidade se mantém pelo quarto ano seguido com o maior valor do Nordeste. Nos períodos anteriores foram R$ 64,8 bilhões em 2020, R$ 67,4 bilhões em 2019 e R$ 66,3 bilhões em 2018.
Na Região de nove estados, os PIBs seguintes foram registrados em Salvador R$ 62,9 bilhões e Recife R$ 54.9 bilhões, em 2021.
Quanto ao Valor adicionado bruto (VAB) da agropecuária, Beberibe é o município com maior participação no PIB do Ceará (R$ 370,2 milhões), seguido de Tianguá (R$ 344,4 milhões).
Já nos setores da indústria, de serviços e da administração pública, Fortaleza domina o primeiro lugar, sendo uma quantia de R$ 8,4 bilhões, R$ 41,8 bilhões e R$ 10,2 bilhões, respectivamente.
A tendência histórica de redução relativa da importância econômica dos grandes centros urbanos continuou em 2021. As duas maiores concentrações urbanas do Brasil somaram 23,2% de participação no PIB, após totalizarem 23,6% em 2020.
São Paulo passou a responder por 15,4% do PIB brasileiro, contra 16,2% em 2020. Tal resultado foi o recuo mais expressivo dentre todas as concentrações urbanas.
O Rio de Janeiro/RJ, porém, aumentou sua participação, passando de 7,4% para 7,8% do PIB brasileiro em 2021. Esse foi o maior avanço verificado dentre as concentrações urbanas que expandiram sua participação no PIB de 2020 para 2021.
Dentre as 185 concentrações urbanas existentes no país em 2021, 132 perderam e 53 aumentaram sua participação no PIB nacional, confirmando a tendência de desconcentração. As grandes concentrações urbanas foram as que tiveram as maiores perdas.
Entre as 53 que ganharam peso, somente 6 eram consideradas grandes concentrações urbanas (de um total de 26).
Dentre as médias concentrações urbanas, o resultado também foi de redução, porém menos acentuada. Somente 47 médias concentrações urbanas ganharam participação em 2021 (de um total de 159).
Em relação ao perfil econômico dos municípios, a principal atividade em 43,2% (2 409 municípios) deles foi Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.
Em Amazonas, Roraima, Amapá e Paraíba esse percentual ultrapassou 90,0%. O Paraná, no entanto, teve só 6,3% de seus municípios com essa característica.
Dos 358 municípios cuja atividade principal, em 2021, foi Indústrias de transformação, 293 estavam nas Regiões Sudeste e Sul, o que equivale a 81,8%.
Mato Grosso obteve o maior percentual de cidades em que a Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita figurou como a atividade de maior destaque (56,0%), seguido por Mato Grosso do Sul (53,2%) e Rio Grande do Sul (48,9%).
Excluindo dessa análise a Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, a atividade Demais serviços se destacou em 3.075 municípios, seguida pela Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, principal atividade em 1.272 municipalidades.
Ante 2020, houve crescimento expressivo no número de cidades com Agricultura como atividade principal, de 1.049 em 2020 para 1.272 em 2021, o que está relacionado ao aumento de preços de alguns dos produtos agrícolas mais relevantes na economia nacional em 2021.
PIB
O Maranhão concentrou os três municípios com os menores PIB per capita do País: Santana do Maranhão, com R$5.407,66; Primeira Cruz, com R$ 5.732,25; e Matões do Norte, com R$ 5.737,04