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Grande Fortaleza teve 5ª maior inflação do Brasil em 2023
Economia

Grande Fortaleza teve 5ª maior inflação do Brasil em 2023

| Balanço do ano | Levando em consideração apenas os números de dezembro, a alta foi de 0,83%, segundo atestou o IBGE
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Transporte público esteve entre os que mais subiu (Foto: Samuel Setubal/ O POVO)
Foto: Samuel Setubal/ O POVO Transporte público esteve entre os que mais subiu

A Grande Fortaleza apresentou a quinta maior inflação do Brasil em 2023, com uma alta de 4,88%. Porém, este é o menor patamar do índice desde 2018, quando estava a 2,90%. O resultado do fechamento do ano passado foi puxado pelo grupo de transportes e habitação. Levando em consideração apenas os números de dezembro, a alta foi de 0,83%.

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a inflação oficial, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O índice superou a média nacional tanto no acumulado do ano quanto no mensal, que ficou em 4,62% e 0,56%, respectivamente.  Em dezembro, o que mais encareceu na Grande Fortaleza foi o gasto com transportes, com alta de 2,44%, puxado pelos combustíveis (7,22%). Logo em seguida aparece o grupo alimentação (1,2%).

Veja lista com produtos que mais subiram e mais caíram em 2023

Dentre todos os itens analisados, as maiores altas de preços na Grande Fortaleza ficaram com passagem aérea (53,66%), cenoura (31,73%) e manga (29,06%). Veja lista:

  • Passagem aérea (53,66%)
  • Cenoura (31,73%)
  • Manga (29,06%)
  • Arroz (24,69%)
  • Maracujá (23,11%)
  • Táxi (20,2%)
  • Cereais, leguminosas e oleaginosas (19,32%)
  • Gasolina (19,26%)
  • Taxa de água e esgoto (18,49%)
  • Transporte público (17,37%)

Por outro lado, a maiores baixas foram registradas nos seguintes produtos pesquisados pelo IBGE:

  • Cebola (-29,69%)
  • Mamão (-22,89%)
  • Óleo de soja (-20,26%)
  • Tomate (-15,59%)
  • Fígado (-15,36%)
  • Picanha (-13,8%)
  • Óleos e gorduras (-13,51%)
  • Óleo diesel (-12,73%)
  • Tubérculos, raízes e legumes (-12,03%)
  • Alcatra (-11,93%)

Já o índice geral do IPCA de 2023 foi o mais baixo em cinco anos em Fortaleza. Veja:

  • 2023 - 4,88%
  • 2022 - 5,76%
  • 2021 - 10,63%
  • 2020 - 5,74
  • 2019 - 5,01%
  • 2018 - 2,90%

Na análise dos grupos onde os itens estão inseridos, transportes (10,63%) puxou a alta de 2023 em Fortaleza, sobretudo devido à passagem área. 

Logo depois veio o grupo educação (9,37%), influenciado principalmente pelas elevações no setor de papelaria (17,04%).

Porém, com maior peso regional, alimentação e bebidas também teve inflação na RMF no ano, de 1,11%. O IPCA mostra que a maior vilã foi a cenoura (31,73%), seguida pela manga (29,06%)

Vale lembrar que o IPCA é referente a famílias residentes nas áreas urbanas, com rendimentos um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.

Índice de Preços ao Consumidor (INPC)

Já o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) também teve alta (0,55%) em dezembro de 2023, acima da variação registrada no mês anterior (0,1%).

No ano, o INPC acumula alta de 4,87%, sendo que os produtos alimentícios tiveram variação de 1,11% em dezembro de 2023. 

Neste índice, consideram-se famílias residentes nas áreas urbanas das regiões, com rendimentos de um a cinco salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada.

Cenário da inflação nacional surpreende negativamente, diz especialista

O IPCA de dezembro no Brasil foi de 0,56% e ficou 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,28%). Assim, fecha o ano com alta acumulada de 4,62%.

Para André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, o resultado surpreende negativamente o mercado, frente ao que era esperado no resultado mensal (0,48%).

"A maior alta do mês foi do grupo alimentação e bebidas, que variou 1,1%. O aumento nos preços desse grupo pode ser explicado por fatores climáticos, que impactaram na produção de tubérculos, hortaliças e frutas. Lembrando que o preço dos alimentos in natura tende a ser mais volátil", explica.

A segunda maior contribuição veio de Artigos de Residência, com alta de 0,76% e, em seguida, o de vestuário (0,7%). 

No acumulado do ano, o resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes (7,14%). Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%). Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.

Em relação ao INPC nacional, este teve alta de 0,55% em dezembro. Os produtos alimentícios passaram de 0,57% de variação em novembro para 1,20% em dezembro. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,35% em dezembro frente à queda de 0,05% no mês anterior.

Já a alta acumulada do INPC em 2023 foi de 3,71%, abaixo dos 5,93% registrados em 2022. Os alimentícios tiveram alta de 0,33%, enquanto os não alimentícios variaram 4,83%.

Em 2022, o grupo Alimentação e bebidas havia subido 11,91%, enquanto os não alimentícios subiam 4,08%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.

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