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BNB bate recorde e aplica R$ 58,4 bilhões em 2023
Economia

BNB bate recorde e aplica R$ 58,4 bilhões em 2023

| RESULTADOS | Contratações aumentaram 27% em relação a 2022. No Ceará, aportes subiram quase 20%
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 Banco do Nordeste (BNB) estuda formas de  expandir fonte de recursos em 2024 (Foto: Fernando Cavalcante/BNB)
Foto: Fernando Cavalcante/BNB  Banco do Nordeste (BNB) estuda formas de expandir fonte de recursos em 2024

O Banco do Nordeste (BNB) bateu recorde de contratações e movimentou em 2023 R$ 58,4 bilhões. O número representa alta de 27% em relação a igual período de 2022. Somente pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal funding da instituição, também superou os resultados apresentados nos anos anteriores desde o início da operação.

Por meio do FNE foram aplicados R$ 43,6 bilhões no ano passado. A quantia representa um crescimento de 35% em relação à 2022.

Outro ponto foi que o setor de saneamento básico apareceu forte nos resultados. Ao todo, foram R$ 2,7 bilhões de aplicações do FNE. Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, esta é uma área que vai se fortalecer ainda mais em 2024.

Câmara destaca que a gestão do banco tem trabalhado para expandir o funding disponível para aplicações, indo além do Fundo Constitucional. "O trabalho em 2023 foi consistente, o ritmo do banco é de buscar desburocratizar, de agilizar o acesso ao crédito."

"Vamos trabalhar para que os grandes empreendimentos continuem acontecendo, mas que também tenhamos capacidade de chegar ao pequeno, ao micro e a quem atua nos setores de serviços, comércio, turismo, agronegócio e agricultura familiar, assim como na indústria e infraestrutura. O banco tem essa capilaridade, as condições estão dadas e vamos continuar nesse movimento de crescimento", completa.

Em 2024, no FNE, estarão disponíveis cerca de R$ 37,8 bilhões, sendo que há uma projeção de R$ 5,6 bilhões para crédito verde.

Para o presidente do BNB, os desafios de 2024 são enormes porque o orçamento é praticamente o mesmo. Além disso, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) determinou que o BNB aumentasse de 50% para 60% as contratações com pequenos empreendedores.

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Paulo Câmara ressaltou também que, no orçamento 2023, foram aproveitadas as “sobras” do de 2022. No entanto, este ano não teve sobra.

Levando em consideração as contratações realizadas pelo fundo no Ceará, houve um aumento de quase 20% em comparação com 2022. Naquele ano foram contratados R$ 4,5 bilhões, já no em 2023 foram aplicados R$ 5,36 bilhões.

A superintendente do BNB no Ceará, Eliane Brasil, destaca que o banco financiou um volume recorde de projetos em infraestrutura no ano passado, com destaque para o setor de saneamento básico.

Somente em um dos contratos desembolsou aproximadamente R$ 550 milhões para projeto da Ambiental Ceará e atualmente analisa mais uma operação da mesma empresa para este ano.

As energias renováveis seguem sendo destaque na participação dos desembolsos. "Temos aqui um volume muito grande de financiamento de energia eólica e aí na energia solar foram quase R$ 2,5 bilhões".

Além dos grandes projetos, a carteira de clientes no Ceará cresceu e é 95% representada por clientes do microcrédito, o que, segundo Eliane, significa grande pulverização do volume total investido no Estado.

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Se com o FNE foram R$ 5,36 bilhões, foram mais R$ 3 bilhões com o microcrédito. Dentre os setores, o que apresentou maior expansão na liderança de investimentos foi o agronegócio, com alta superior a 15%.

Dentre os demais estados, apenas Pernambuco e Bahia receberam mais aplicações pelo FNE, de R$ 5,6 bilhões e R$ 9 bilhões, respectivamente. Já o estado que teve a maior ampliação percentual do montante aplicado em 2023 foi Alagoas, com R$ 3 bilhões, mais que dobrando os R$ 1,45 bilhão de 2022.

Segundo cálculo do BNB, a atuação da instituição na Região em 2023 contribuiu para geração e manutenção de 1,9 milhão de empregos, além de aumento de R$ 14,31 bilhões na massa salarial e R$ 8,18 bilhões na arrecadação de impostos. Os dados foram obtidos a partir de estudo realizado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene). (Colaborou Fabiana Melo)

Veja a distribuição do FNE em 2024

  • Agricultura: R$ 8,5 bilhões (22,5%)
  • Pecuária: R$ 8,4 bilhões (22,4%)
  • Infraestrutura: R$ 8,1 bilhões (21,6%)
  • Comércio e Serviços: R$ 7,4 bilhões (19,8%)
  • Indústria: R$ 3,7 bilhões (10%)
  • Turismo: R$ 807 milhões (2,1%)
  • Agroindústria: R$ 409 milhões (1,1%)
  • Pessoa física: R$ 195 milhões (0,5%)
    Fonte: Banco do Nordeste

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