O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, reiterou que quase 20%, mais precisamente 19,8%, dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em 2024 serão destinados aos segmentos de comércio e serviços.
A declaração foi dada em encontro com lideranças varejistas, na sede da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE).
O percentual previsto no planejamento do banco se aproxima dos estipulados para agricultura (22,5%), pecuária (22,4%) e infraestrutura (21,6%) e bem acima dos percentuais definidos para indústria (10%), turismo (2,1%) e agroindústria (1,1%).
Segundo Câmara, 2024 será um ano de expansão das possibilidades de financiamento. Vale lembrar que em 2023, o BNB bateu recorde de contratações (R$ 58,4 bilhões), o que representou um aumento de 27% em relação a 2022. "Temos que ter mais recursos à disposição, até porque o Ceará é o coração das atividades do banco e nós temos, aqui um maior volume de operações relacionadas ao comércio e ao serviço".
"A gente pode chegar em mais locais, levando a nossa missão e as nossas possibilidades. É um ano em que a gente quer estar muito junto realmente dos municípios cearenses, ajudando o comércio e os serviços, principalmente, ajudando as pessoas que querem continuar empreendendo ou iniciar empreendimentos", destacou o presidente do BNB.
No encontro, contudo, Paulo Câmara foi cobrado para implementar aperfeiçoamento tecnológico e avançar rumo à digitalização pelo vice-presidente da FCDL, Honório Pinheiro. Para ele, "o banco tem evoluído pouco na área da virtualização, em uma época na qual nós estamos com inteligência artificial e outros bancos dão respostas mais rápidas".
O presidente do BNB se comprometeu a reforçar a estrutura de Tecnologia da Informação (TI), inclusive, com contratação de pessoal especializado. "A gente identificou a necessidade de contratar 90 analistas de TI. Então, além do concurso, há um cadastro de reserva ainda. Essas pessoas vão contribuir com isso", disse.
"A defasagem tecnológica é grande. Isso angustia porque TI é fundamental, não apenas na parte da relação cliente-banco, mas também de segurança de dados. Nós temos que ter dados muito bem protegidos, até porque nós atuamos com alguns bilhões de reais. O que exige um grau de informatização muito grande", enfatizou.