O Banco do Nordeste divulgou ontem documento contendo as demonstrações financeiras de 2023 em que aponta um impacto para geração ou manutenção de 1,9 milhão de empregos em sua área de atuação que abrange os nove estados nordestinos e alguns municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais.
No relatório de administração, o banco de fomento informou, ainda que, com os R$ 43,67 bilhões contratados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em 2023, foi possível incrementar a massa salarial desses trabalhadores em R$ 14,64 bilhões.
Por sua vez, o impacto em termos de arrecadação tributária é calculado em R$ 7,77 bilhões. Nacionalmente, esses impactos são estimados em R$ 27,57 bilhões na massa salarial e R$ 15,89 bilhões.
Entre os estados, o Ceará teve o segundo maior valor contratado, com R$ 5,12 bilhões (ou cerca de 11,7% do total), ante R$ 10,11 bilhões (aproximadamente 23,2% do total) da Bahia. Na sequência, aparece o Maranhão, com R$ 4,77 bilhões. Quando o recorte é de contratações para infraestrutura no semiárido, o Ceará aparece na terceira posição, com R$ 1,29 bilhão, sendo superado pela Bahia R$ 2,24 bilhões e pelo Rio Grande do Norte, com R$ 1,68 bilhão.
De acordo com o presidente do BNB, Paulo Câmara, o ano de 2023, “ficou caracterizado pela expansão vigorosa do mercado interno, impulsionada pelo constante aumento da massa salarial, beneficiada por programas sociais. Destaca-se ainda a expressiva contribuição do consumo das famílias para o Produto Interno Bruto (PIB). O crescimento do consumo interno foi direcionado principalmente para o setor de serviços”.
Sobre os recursos do FNE, funding principal do banco, Câmara destacou que houve ampliação de 35,40% em relação a 2022, em termos de valores, para um volume de pouco mais de 1 milhão de operações.
“Acrescente-se que a região do Semiárido, um dos subespaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), foi beneficiada com investimentos da ordem de R$ 28,03 bilhões (64,19% do total financiado), por meio de 795.316 operações”, enfatizou.
O presidente do BNB destacou, no balanço, os números dos dois principais programas de microcrédito da instituição. “No âmbito do Crediamigo, maior programa de microcrédito produtivo e orientado do Brasil, o Banco do Nordeste desembolsou R$ 10,64 bilhões em recursos em 2023”, exaltou.
Ele acrescentou, por fim, que “o programa Agroamigo atingiu a marca histórica de R$ 5,67 bilhões aplicados, um aumento de 48% em relação ao ano anterior”.