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Pague Menos planeja abrir mais lojas em 2025 que fez entre 2023 e 2024
Economia

Pague Menos planeja abrir mais lojas em 2025 que fez entre 2023 e 2024

| REVELA CEO | O diretor executivo da rede de farmácias, Jonas Marques Neto, também comemorou o ciclo de caixa registrado no 2º trimestre deste ano, o maior desde 2020
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JONAS também foi entrevistado pelo programa Pause (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal JONAS também foi entrevistado pelo programa Pause

O CEO da Pague Menos, Jonas Marques Neto, projetou em entrevista exclusiva ao O POVO que a rede cearense de farmácias, com atuação em todo o País, vai abrir em 2025 mais lojas que a soma das unidades abertas em 2023 e 2024. A empresa tem, hoje, cerca de 1.700 lojas e 26 mil colaboradores.

“Nós temos um sonho enorme. Porque, como se sabe, em um país que tem um mercado que cresce há mais de 20, acima de 10%, temos uma oportunidade enorme a ser capturada. Queremos continuar expandindo. Posso te falar que, no ano de 2025, nós vamos abrir mais lojas do que abrimos juntas em 2023 e 2024”, disse o diretor executivo da Pague Menos.

Tanto neste ano quanto no ano passado, a empresa tem focado na integração com a Extrafarma, adquirida em 2022. 

Com isso, o ritmo de abertura de novas lojas foi reduzido, tendo ficado em torno de 30 novas unidades por ano. Por outro lado, desde que iniciou esse processo já foram convertidas pouco mais de 100 unidades que operavam antes com a bandeira da Extrafarma.

“Acabamos de publicar que atingimos as sinergias entre Pague Menos e Extrafarma seis meses antes do esperado, gerando uma sinergia de R$ 203 milhões. O segredo disso é uma integração cultural muito bem-sucedida. A virada de lojas da Extrafarma, que tinham uma gestão de estoque não tão boa, por exemplo, mudou a percepção do consumidor. Pegamos uma loja, por exemplo, e viramos para a bandeira Pague Menos. Só por essa mudança dá, em média, 30% de crescimento”, exemplificou Jonas Marques Neto.

Melhor ciclo desde 2020

“Se você for ver tanto no 1º trimestre quanto no 2º trimestre, com resultados já publicados, se viu uma evolução muito clara de ‘same store sales’, ou seja crescimento de mesma loja. Estou falando de um crescimento de 12,2%. Não posso falar nada do 3º trimestre, mas foi super positiva, a primeira metade do ano. Tivemos o melhor ciclo de caixa desde 2020”, comemorou o CEO da Pague Menos, mencionando o fato de esse indicador, que mede quanto tempo uma empresa leva para transformar investimentos em vendas, ter passado para 56 dias.

“Aí você pergunta: mas o que foi feito? Números seguem comportamentos. Nós mudamos os nossos comportamentos e a nossa gestão de estoques. Nós falamos mais com os nossos parceiros e fizemos todo um plano para isso. Além disso, nós renegociamos as dívidas que temos desde que compramos a Extrafarma, com juros mais baixos. Então, toda essa conjunção de fatores, certamente, se refletiu nos números”, pontuou o diretor executivo.

Valorização das ações

A rede de farmácias, que abriu seu capital em setembro de 2020, também trabalha, conforme Jonas Marques Neto, pela valorização da ação negociada na Bolsa de Valores (B3), que fecharam o último pregão, no dia 20, cotadas a R$ 2,67, ante R$ 8,50 da precificação feita em seu IPO (sigla inglesa para ‘oferta pública inicial’).

“Vemos que nossa ação está em um valor aquém do que deveria estar. Nossa concentração e escolha foram olhar para dentro, construir os fundamentos de uma empresa mais sólida, entregar resultados e esperar que o mercado venha a reconhecer isso”, defendeu o CEO da Pague Menos.

Hub de saúde

Outro foco é a construção de um hub de saúde, com oferta de serviços para além da venda de medicamentos. “Estamos com mais de 1.100 clínicas, que funcionam dentro de uma das nossas 1.700 lojas. Entendemos que isso é trabalhar a atenção primária”, ponderou.

Ele acrescenta que a ideia do hub é “resgatar a questão do farmacêutico da família, oferecer vários serviços e jornadas do paciente para realmente promover saúde. A história de que se ia à farmácia só para comprar um medicamento não é mais assim”.

“Vejo o hub como um centro de bem-estar, de saúde, de beleza. Acreditamos muito na criação desse ecossistema de saúde com inteligência artificial e ofertas personalizadas para nossos mais de 21 milhões de clientes”, concluiu Jonas Marques Neto.

Confira ainda entrevista do executivo ao Pause!

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