A região metropolitana de Fortaleza registrou em setembro queda de 0,14% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação. Foi o terceiro maior recuo de preços registrados no País. Resultado é puxado pela queda nos preços dos combustíveis (-3,6%).
O índice de deflação da capital cearense ficou atrás apenas de Recife (-0,37%) e Belém (-0,22%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quem também influenciou o resultado foi o grupo de alimentação e bebidas (-0,92%). No segmento, tubérculos, raízes e legumes registraram a maior queda nos preços, de 28,14%.
Por outro lado, dentre os grupos que registraram alta nos preços, a habitação apresentou a maior variação, de 1,28%, influenciada pelo reajuste da energia elétrica residencial (1,35%).
Já no acumulado do ano (janeiro a setembro), a grande Fortaleza registrou inflação de 3,29%. O resultado foi puxado pela educação (7,81%) e saúde e cuidados pessoais (5,86%).
Quando analisada a comparação de setembro de 2023 com o mesmo período deste ano, a inflação chegou a 4,05%, abaixo da nacional, captada a 4,12%. O valor foi resultado da educação (7,88%) e saúde e cuidados pessoais (5,96%).
No Brasil, o IPCA-15 ficou em 0,13% em setembro, 0,06 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em agosto (0,19%).
No ano, a prévia da inflação acumula alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,35%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de habitação (0,50% e 0,08 p.p). Já Alimentação e bebidas (0,05% e 0,01 p.p.) registrou alta de preços após dois meses de queda.