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Entrada Moradia Ceará: 2,8 mil contratos firmados somam R$ 56 milhões
Economia

Entrada Moradia Ceará: 2,8 mil contratos firmados somam R$ 56 milhões

| HABITAÇÃO | Programa já emitiu 3.572 certificados; destes, 2.800 pessoas assinaram contratos e 772 estão prestes a assinar
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META do Governo do Ceará é contemplar 
10 mil famílias no Entrada Moradia (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES META do Governo do Ceará é contemplar 10 mil famílias no Entrada Moradia

Em torno de 2.800 pessoas já assinaram contratos de financiamento imobiliário com apoio do programa habitacional Entrada Moradia Ceará, totalizando R$ 56 milhões. A iniciativa do Governo do Estado fornece subsídio de até R$ 20 mil para facilitar a compra da casa própria.

Este montante serve como entrada para famílias com renda mensal de até R$ 4.400 adquirirem o primeiro imóvel dentro das faixas 1 e 2 do programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O benefício estadual é, ainda, cumulativo com outros.

Isso porque, além dos R$ 20 mil subsidiados pelo Ceará, as pessoas podem contar com outros recursos, como a poupança, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou até R$ 55 mil da Caixa Econômica Federal no MCMV.

A meta do governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), é contemplar 10 mil famílias no Entrada Moradia, com um investimento total de R$ 200 milhões. “Isso permite que as famílias cearenses saiam do aluguel, pagando a prestação da sua casa própria”, disse em outubro.

O Entrada Moradia já emitiu 3.572 certificados, sendo que 2.800 pessoas assinaram os contratos, enquanto 772 estão prestes a formalizar a assinatura. Outras 1.682 estão na etapa final de verificação para a obtenção do certificado no processo de adesão.

No total, 5.254 pessoas já estão com certificados de interesse emitidos pelo programa, o que representa mais de 52,54% da meta. Entretanto, isso não garante a obtenção do benefício, que vai depender da aprovação da documentação necessária.

Com 95 empreendimentos, o projeto tem 9.227 unidades disponíveis no Ceará. Em Aquiraz, são cinco unidades; Caucaia, nove; Eusébio, cinco; Fortaleza, 52; Horizonte, uma; Itaitinga, sete; Juazeiro do Norte, quatro; Maracanaú, oito; e São Gonçalo do Amarante, quatro.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias, o ano de 2024 foi o melhor do mercado imobiliário dos últimos oito anos.

Em 2024, o programa MCMV superou em 25% a meta de contratação de unidades habitacionais, conforme o ministro das Cidades, Jader Filho, na Agência Brasil. Cerca de um milhão de novas unidades estavam previstas, mas a marca chegou a 1,25 milhão.

O ministro afirmou que houve muito avanço no programa para além da construção e aquisição da casa própria, citando, também, a geração de empregos e de renda, além do desenvolvimento econômico nacional atrelado ao cenário.

Patriolino atribuiu boa parte do desempenho positivo às iniciativas dos programas habitacionais. A expectativa é que o movimento siga positivo em 2025. “Ajudou demais no sonho da casa própria de diversas famílias que precisam.”

“São famílias que não têm nenhuma moradia. Estamos falando do primeiro imóvel dessas pessoas, famílias que precisam dessa taxa diferenciada. Isso também ajuda bastante a movimentar a economia”, disse.

Ele relembrou que a ideia do Entrada Moradia foi levada pelo setor ao Governo do Estado, quando o governador Elmano de Freitas assumiu, após levantamento de condições nas regiões Norte e Nordeste.

O que revelou que muitas famílias moravam de aluguel, mas não conseguiam poupar o valor necessário para a entrada, segundo Patriolino. “Mostramos ao Governo que, ao investir R$ 20 mil por unidade, praticamente todo esse dinheiro retornaria à economia.”

“Isso gera um ciclo econômico, já que essas famílias assumem um financiamento e movimentam toda a cadeia da construção civil”, acrescentou o especialista.

O presidente ressaltou que as famílias que puderem aproveitar o quanto antes as taxas diferenciadas para adquirirem imóveis devem fazê-lo, porque há incertezas sobre como ficará a volatilidade da taxa básica de juros no Brasil, denominada Selic.

Uma outra opção é verificar imóveis diretamente na planta, segundo o gestor do Sinduscon-CE. “Muitas construtoras permitem contrair o financiamento ainda na fase de obras, assim, a pessoa já garante essa condição favorável“, explicou.

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