Com uma alta de 0,34%, a prévia da inflação de Fortaleza e da Região Metropolitana (RM) foi a menor do Brasil em março. O resultado é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).
Influenciado, principalmente, pelas baixas nos custos relacionados à habitação (-0,33%) e vestuário (-0,31%), o desempenho da região foi 1,3 ponto percentual (p.p.) menor que o registrado nacionalmente (0,64%).
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 27 de março, e se referem às famílias com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, independentemente da fonte de rendimentos.
No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram reduções em suas taxas: habitação (-0,33%), vestuário (-0,31%) e transportes (-0,03%).
Por outro lado, as altas ocorreram em:
Em alimentação e bebidas e saúde e cuidados, que lideraram as altas do período, as maiores inflações foram observadas nos valores da manga (28,52%), ovos de galinha (12,8%), perfume (3,48%) e produtos para cabelo (1,58%).
Vale lembrar que o aumento do preço do ovo não é algo exclusivo da Grande Fortaleza, nem do Ceará, autossuficiente em sua produção. Ele ocorre devido à crise nos Estados que impulsionou a demanda, tanto local quanto para exportação, do produto.
Outros dados apresentados pela pesquisa são os do acumulado do ano, ou seja, o 1º trimestre de 2025. Conforme o exposto, nesse recorte o resultado da Capital e da RM também se destacou como o menor do País (1,66%).
O índice foi menor que o nacional (1,99%), com uma diferença de 0,33 p.p.
Entretanto, mesmo com o desempenho melhor que as das outras regiões metropolitanas, no período, somente um dos nove grupos pesquisados registrou redução no índice, o de vestuário (-0,14%).
Já os destaques dentre os avanços da inflação foram educação (5,54%), alimentação e bebidas (3,01%) e artigos de residência (1,44%).
Os outros avanços variaram entre 1,26% em transportes e 0,13% em comunicação.
A prévia da inflação do Brasil ficou em 0,64% em março, 0,59 p.p. abaixo de fevereiro, quando variou 1,23%.
Considerando o trimestre, a inflação nacional situou-se em 1,99%, acima da taxa de 1,46% registrada em igual período de 2024.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram altas no mês, com destaque para o grupo alimentação e bebidas, com a maior variação (1,09%), e transportes (0,92%).
Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).
Já no grupo de transportes, os maiores acréscimos vieram dos combustíveis (1,88%), com alta nos preços do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%), da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%).
Regionalmente, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Curitiba (1,12%). Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (0,34%).