Logo O POVO+
Peso da energia cresce e faz da inflação de Fortaleza a 3ª mais alta do País
Economia

Peso da energia cresce e faz da inflação de Fortaleza a 3ª mais alta do País

IPCA de maio teve elevação de 0,57% e ficou atrás apenas de Brasília e Belém, segundo atestou o IBGE
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
AUMENTO da conta de luz impactou no maior patamar inflacionário (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE AUMENTO da conta de luz impactou no maior patamar inflacionário

Com uma inflação de 0,57%, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza e da sua Região Metropolitana (RM) em maio foi o terceiro maior do Brasil, ficando atrás apenas do de Brasília (0,82%) e Belém (0,66%), sob influência da elevação da energia. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10, e se referem às famílias com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, independente da fonte de rendimentos. Confira no fim desta matéria o IPCA das 16 cidades incluídas no estudo.

A taxa, que foi 0,31 ponto percentual (p.p.) maior do que a registrada nacionalmente (0,26%), recebeu influência, principalmente, da alta nos custos relacionados à habitação, que dentre os setores foi o que registrou a maior inflação (1,93%).

Nesse âmbito, o que se destacou foi a energia elétrica residencial, que aumentou 6,57%, devido à bandeira amarela acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio, que desde dezembro de 2024 estava verde. 

No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas um apresentou redução em sua taxa: vestuário (-0,39%). 

 

Por outro lado, oito registraram inflação, enquanto um se manteve estável:

  • Habitação: 1,93%
  • Despesas pessoais: 0,52%
  • Alimentação e bebidas: 0,5%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,4%
  • Transportes: 0,27%
  • Comunicação: 0,2%
  • Artigos de residência: 0,14%
  • Educação 0%

Confira os produtos que ficaram mais caros na Grande Fortaleza em maio:

  • Maracujá: 25,73%
  • Manga: 14,56%
  • Cebola: 12,44%
  • Goiaba: 9,63%
  • Batata-inglesa: 8,22%

Confira os produtos que ficaram mais baratos na Grande Fortaleza em maio:

  • Tomate: -12,95%
  • Passagem aérea: -11,85%
  • Ventilador: -4,94%
  • Seguro voluntário de veículo: -4,34%
  • Arroz: -3,83%

Outros dados apresentados pela pesquisa são os do acumulado do ano, ou seja, de janeiro a maio. De acordo com o exposto, nesse recorte a inflação da Capital e da RM foi de 2,67%. O índice foi menor que o nacional (2,75%), com uma diferença de 0,08 p.p.

No período, foram observadas altas em oito dos nove grupos pesquisados, com destaque para a educação (5,3%) e a alimentação e bebidas (4,16%).

Os outros avanços variaram entre 3,38% em saúde e cuidados pessoais e 0,11% em comunicação. Apenas o setor de vestuário apresentou recuo, - 0,68%.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. Na Grande Fortaleza, o INPC, em maio, foi de 0,53%. O resultado foi o quarto maior do País.

A inflação, no período, foi puxada, principalmente, pela habitação (1,78%) e por saúde e cuidados pessoais (0,49%). Ocorreram apenas duas deflações no mês: vestuário (-0,43) e educação (-0,03%).

Os produtos que mais registraram acréscimos nos preços foram:

  • Maracujá: 25,73%
  • Cebola: 12,44%
  • Goiaba: 9,63%
  • Batata-inglesa: 8,22%
  • Chocolate em barra e bombons: 6,47%

Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores do tomate (-12,95%), passagem aérea (-11,85%) e melancia (-10,16%).

Cenário nacional

O IPCA de maio apresentou variação de 0,26%. No ano, a alta foi de 2,75% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,32%, abaixo dos 5,53% dos 12 meses imediatamente anteriores. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, habitação apresentou a maior inflação (1,19%), já a alta dos demais foram entre 0,54% de saúde e cuidados pessoais e o 0,05% de Educação. Os grupos transportes e artigos de residência registraram baixas de 0,37% e 0,27%, respectivamente.

Com a vigência da bandeira tarifaria amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (3,62%), destacando-se no setor de habitação.

Do lado das baixas, a queda em transportes foi impulsionada pelo resultado da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%).

Já, no que concerne aos índices regionais, a maior taxa (0,82%) ocorreu em Brasília e a menor em Rio Branco (0%).

Confira o IPCA de maio das 16 cidades incluídas no estudo

  • Brasília: 0,82%
  • Belém: 0,66%
  • Fortaleza: 0,57%
  • Recife: 0,56%
  • Goiânia: 0,49%
  • Salvador: 0,35%
  • São Luís: 0,33%
  • Curitiba: 0,3%
  • Aracaju: 0,24%
  • Rio de Janeiro: 0,21%
  • Vitória: 0,2%
  • Belo Horizonte: 0,17%
  • Campo Grande: 0,13%
  • Porto Alegre: 0,12%
  • São Paulo: 0,12%
  • Rio Branco: 0%

Inflação: o que é, de onde vem e como se proteger? | Dei Valor

Mais notícias de Economia

O que você achou desse conteúdo?