Com uma inflação de 0,57%, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza e da sua Região Metropolitana (RM) em maio foi o terceiro maior do Brasil, ficando atrás apenas do de Brasília (0,82%) e Belém (0,66%), sob influência da elevação da energia.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10, e se referem às famílias com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, independente da fonte de rendimentos. Confira no fim desta matéria o IPCA das 16 cidades incluídas no estudo.
A taxa, que foi 0,31 ponto percentual (p.p.) maior do que a registrada nacionalmente (0,26%), recebeu influência, principalmente, da alta nos custos relacionados à habitação, que dentre os setores foi o que registrou a maior inflação (1,93%).
Nesse âmbito, o que se destacou foi a energia elétrica residencial, que aumentou 6,57%, devido à bandeira amarela acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio, que desde dezembro de 2024 estava verde.
No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas um apresentou redução em sua taxa: vestuário (-0,39%).
Por outro lado, oito registraram inflação, enquanto um se manteve estável:
Outros dados apresentados pela pesquisa são os do acumulado do ano, ou seja, de janeiro a maio. De acordo com o exposto, nesse recorte a inflação da Capital e da RM foi de 2,67%. O índice foi menor que o nacional (2,75%), com uma diferença de 0,08 p.p.
No período, foram observadas altas em oito dos nove grupos pesquisados, com destaque para a educação (5,3%) e a alimentação e bebidas (4,16%).
Os outros avanços variaram entre 3,38% em saúde e cuidados pessoais e 0,11% em comunicação. Apenas o setor de vestuário apresentou recuo, - 0,68%.
O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. Na Grande Fortaleza, o INPC, em maio, foi de 0,53%. O resultado foi o quarto maior do País.
A inflação, no período, foi puxada, principalmente, pela habitação (1,78%) e por saúde e cuidados pessoais (0,49%). Ocorreram apenas duas deflações no mês: vestuário (-0,43) e educação (-0,03%).
Os produtos que mais registraram acréscimos nos preços foram:
Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores do tomate (-12,95%), passagem aérea (-11,85%) e melancia (-10,16%).
O IPCA de maio apresentou variação de 0,26%. No ano, a alta foi de 2,75% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,32%, abaixo dos 5,53% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, habitação apresentou a maior inflação (1,19%), já a alta dos demais foram entre 0,54% de saúde e cuidados pessoais e o 0,05% de Educação. Os grupos transportes e artigos de residência registraram baixas de 0,37% e 0,27%, respectivamente.
Com a vigência da bandeira tarifaria amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (3,62%), destacando-se no setor de habitação.
Do lado das baixas, a queda em transportes foi impulsionada pelo resultado da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%).
Já, no que concerne aos índices regionais, a maior taxa (0,82%) ocorreu em Brasília e a menor em Rio Branco (0%).