Logo O POVO+
Reijers aposta em supermercados e mira dobrar presença no Nordeste até 2026
Economia

Reijers aposta em supermercados e mira dobrar presença no Nordeste até 2026

Hoje, são vendidas flores para cerca de 200 supermercados e atende toda a faixa de Salvador, na Bahia, até Belém, no Pará
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 05-06-2025: Abertura da PEC Nordeste 2025, em Fortaleza. O evento contou com a presença do governador, Elmano de Freitas, do senador, Cid Gomes,  do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e do presidente d CNA, João Martins. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 05-06-2025: Abertura da PEC Nordeste 2025, em Fortaleza. O evento contou com a presença do governador, Elmano de Freitas, do senador, Cid Gomes, do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e do presidente d CNA, João Martins. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)

A Reijers, maior produtora de flores em estufa do Brasil e com duas fazendas em atividade no Ceará, projeta um crescimento robusto para os próximos anos. 

Conforme o CEO da empresa, Roberto Reijers, durante entrevista exclusiva ao O POVO na PEC Nordeste, a expectativa é manter um ritmo de crescimento anual na casa dos 30%. A projeção passa por diversas estratégias.

Uma delas é a parceria com os supermercados, com a meta de dobrar a quantidade até 2026. Hoje, são vendidas flores para cerca de 200 estabelecimentos e atende toda a faixa de Salvador, na Bahia, até Belém, no Pará. 

"80% das nossas flores, plantas em vasos, são vendidas por meio de supermercados. As flores de corte, que são mais destinadas a decorações, eventos, casamentos, aí não... Aí já cai pra 10%. Mas em questão de vasos e plantas, o percentual é bem maior", explica. 

No entanto, Roberto Reijers avalia como um um mercado com grande potencial não explorado. "Tem muita rede ainda desabastecida na nossa área de atuação [...] Mas as negociações com supermercados não são fáceis, porque eles são bem exigentes, as margens são apertadas."

Outro ponto é que o centro de distribuição em São Benedito, a cerca de 315 km de Fortaleza, abastece todos os locais que a companhia atende, exceto Fortaleza que possui um próprio.

"A produção é de lá também, mas de lá nós estamos distribuindo toda a nossa produção para o Norte e Nordeste. E isso faz com que a gente consiga escoar uma maior quantidade de produtos e, consequentemente, produzir mais E o que está ajudando a gente a distribuir mais os produtos é o supermercado."

Logística como maior desafio

FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 05-06-2025: Abertura da PEC Nordeste 2025, em Fortaleza. O evento contou com a presença do governador, Elmano de Freitas, do senador, Cid Gomes,  do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e do presidente d CNA, João Martins. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)(Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 05-06-2025: Abertura da PEC Nordeste 2025, em Fortaleza. O evento contou com a presença do governador, Elmano de Freitas, do senador, Cid Gomes, do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e do presidente d CNA, João Martins. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)

Apesar do cenário otimista, um dos maiores gargalos enfrentados pela Reijers é a logística. Isso porque a distribuição de plantas exige rigor nos prazos e na qualidade do transporte, considerando que boa parte do mercado está vinculada a eventos que não admitem atrasos.

"Uma noiva que vai casar na sexta precisa da flor na quinta para decorar. Não podemos atrasar uma hora sequer. Ela planejou isso por anos, não há espaço para erro", pontua o CEO, Roberto Reijers.

Além disso, o aumento nos custos de transporte, impulsionado por mudanças na legislação e pela alta tributária, também pesa na operação. Por isso, a Reijers tem investido fortemente na formação de frota própria e no treinamento de motoristas e operadores logísticos.

"Nós temos uma participação muito grande de caminhões terceirizados. Hoje nós estamos investindo muito forte na frota própria e também no treinamento dos motoristas, das pessoas que estão envolvidas nisso."

Parceria com produtores locais

Roberto Reijers destaca que o modelo de expansão da empresa não passa por abrir centros de distribuição em capitais ou grandes cidades distantes dos polos produtivos. Hoje, o foco está no fortalecimento da operação existente, além de agregar produtores locais, oferecendo suporte técnico.

"Hoje estamos muito mais preparados para indicar quais plantas funcionam, quais variedades são mais viáveis. A gente já conhece os problemas e os caminhos. Então, eles podem visitar a nossa produção, olhar como é que a gente faz", afirma.

Com isso, a ideia é estimular mais produtores locais e incluir fornecedores do Ceará, pois vários dos produtos vêm, por exemplo, de São Paulo.

"Estamos querendo agora incentivar essa produção desses insumos localmente. Agrupar outros produtores de outras regiões para agregar a produção ao nosso centro de distribuição."

Aporte chinês no Brasil chega a US$ 66 bi e fortalece energia, agro e indústria

Mais notícias de Economia

O que você achou desse conteúdo?