A indústria cearense da Cajuína São Geraldo projeta crescimento acima da média do mercado de refrigerantes em 2025. A expectativa está ancorada, em parte, na diversificação do portfólio. A empresa está lançando oficialmente em Fortaleza, nesta terça-feira, 8, o novo produto, a versão zero adição de açúcar do tradicional refrigerante de caju.
"Nós temos um planejamento orçamentário que prevê um aumento acima do valor de mercado [...] A indústria de refrigerantes está crescendo na faixa de 4 a 5%, a gente quer subir um pouquinho mais", afirmou a diretora administrativa do grupo, Teresinha Lisieux.
Em 2024, a São Geraldo teve um faturamento de R$ 316 milhões com a produção de 75 milhões de litros de refrigerante.
Com quase 50 anos da marca, a empresa está agregando novos itens ao portfólio. No início deste ano, foi lançado o São Geraldo sabor laranja. Outros sabores estão sendo estudados pelo setor de desenvolvimento da empresa.
Teresinha apontou que o novo produto lançado, o São Geraldo zero açúcar, surgiu por demanda popular: "Devido o público pedir tanto na rede social. Se você olhar os comentários anteriores da rede social, o público pedia demais. Então ela furou a fila dos outros sabores para gente lançar com a zero. Está sendo muito bem aceita. Foi um tiro certeiro".
A diretora explicou que, ao todo, foram um ano e sete meses para desenvolvimento da nova fórmula do sabor zero, com realização de testes sensoriais, e sessões de prova com todos os funcionários da empresa, "pessoas que já conheciam a São Geraldo".
Por enquanto, o novo produto está disponível apenas com o rótulo em latinha, com um modelo-piloto, mas a ideia é produzir em outros formatos, explica Teresinha.
Fundada na década de 1950 por José Amâncio de Souza, a empresa foi se desenvolvendo com uma pequena fábrica de vinhos à base de frutas, em Juazeiro do Norte. Só em 1976 que a marca Cajuína São Geraldo surgiu e ganhou conhecimento no mercado.
Atualmente com 724 funcionários, a empresa passa por constante processo de atualização desde 2023, quando iniciou a modernização da fábrica com novos equipamentos e automação de processos. A expectativa é que em 2026 tenha finalizado as melhorias nos maquinários.
Com esse passo, ela explica que a indústria poderá ampliar a produção, atingido novos patamares, conforme a demanda do mercado.
A empresa atende inicialmente quase todo mercado do Nordeste, com pontos de venda no Norte, Centro-oeste e Sul. A empresa aposta em novas regiões para atender o que chamou de "mercado da saudade": "Você sente saudade da sua terra, toma um refrigerante São Geraldo e essa saudade ameniza, não mata, mas ameniza", completou Lisieux.
Questionada sobre a possibilidade de abrir exportação para outros países, a diretora falou que atualmente é feito um estudo do setor de "mercado internacional, com relação à legislação e composição de produto, para início desse processo.