Logo O POVO+
Indústria do Ceará foi a 2ª que mais cresceu no Brasil em maio; veja setores
Economia

Indústria do Ceará foi a 2ª que mais cresceu no Brasil em maio; veja setores

O cenário se mantém positivo no comparativo anual de maio, no qual a produção subiu 4,3%
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
PRODUÇÃO industrial cearense cresceu em maio acima da média nacional  (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves PRODUÇÃO industrial cearense cresceu em maio acima da média nacional

A indústria do Ceará registrou o segundo melhor desempenho de produção no Brasil, com um aumento de 3,5% na passagem de abril para maio de 2025. O índice só ficou abaixo do Espírito Santo (16,2%) e é acima do nacional, que obteve recuo de 0,5%. 

Confira mais abaixo o ranking de maio.

Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cenário se mantém positivo no comparativo anual de maio, no qual a produção subiu 4,3%. Além disso, considerando o acumulado nos últimos 12 meses, foi observada uma alta de 3,9%.

Por outro lado, no período de janeiro a maio deste ano, o Ceará apresentou uma queda no desempenho do setor industrial de 0,6%, em relação à igual período de 2024.

Confira o ranking da produção industrial em maio

  • Espírito Santo: 16,2%
  • Ceará: 3,5%
  • Rio de Janeiro: 2%
  • Paraná: 1,3%
  • Pará: 0,9%
  • Rio Grande do Sul: 0,2%
  • Santa Catarina: -0,2%
  • Pernambuco: -0,6%
  • São Paulo: -0,8%
  • Goiás: -1,1%
  • Minas Gerais: -1,9%
  • Amazonas: -3,3%
  • Bahia: -3,7%
  • Mato Grosso: -7%

Setores que mais se destacam no Ceará em 2025

Nos primeiros cinco meses de 2025, dos 11 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em cinco a produção retraiu na comparação com 2024.

As quedas mais expressivas foram observadas nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,07%), vestuário (-1,58%) e refino e biocombustíveis (-1,29%).

Já os destaques positivos ficaram com produtos químicos (2%), metalurgia (1,39%) e alimentos (0,55%).

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Danilo Serpa, o Governo do Ceará tem investido em políticas públicas para atrair novos empreendimentos e garantir a sustentabilidade e expansão dos já existentes.

"Isso nos mostra que políticas públicas, como a isenção de incentivos fiscais por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e benefícios patrimoniais, como a concessão de imóveis, têm gerado resultados satisfatórios para o desempenho industrial. O Polo Químico de Guaiuba é um grande exemplo de parceria público-privada, onde o Estado contribuiu com infraestrutura e hoje colhe frutos."

O secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), Domingos Filho, ressalta a busca por inovação para manter os índices positivos. "Estamos avançando cada vez mais em tratativas para buscar recursos, inovação, expansão e novos investimentos para o setor que muito contribui para o desenvolvimento econômico e sustentável do nosso estado", explica.

Confira a lista completa:

  • Produtos Químicos: 2%
  • Metalurgia: 1,39%
  • Alimentos: 0,55%
  • Produtos de Couro e Calçados: 0,43%
  • Produtos de Metal: 0,34%
  • Minerais Não-Metálicos: 0,18%
  • Têxtil: 0,16%
  • Bebidas: -0,16%
  • Refino e Biocombustíveis: -1,29%
  • Vestuário: -1,58%
  • Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos: -2,07%

Cenário nacional

Em maio de 2025, o recuo de 0,5% da indústria do País frente a abril, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por nove das 15 locais pesquisados pelo IBGE.

Para Bernardo Almeida, analista da Pesquisa Industrial Mensal Regional, alguns fatores já conhecidos ajudam a explicar a perda de ritmo na produção industrial e o predomínio de locais em campo negativo.

"Taxa de juros em patamares elevados, reduzindo os investimentos nas linhas de produção; incertezas tanto no mercado doméstico quanto no internacional; a inflação recaindo sobre o consumo das famílias e sua renda disponível, levando a produção a se adequar a uma demanda mais arrefecida."

Por outro lado, a atividade industrial do Espírito Santo mostrou uma alta de dois dígitos (16,2%), a mais intensa do mês e a maior taxa desse estado desde janeiro de 2023 (24,2%).

“O setor extrativo, bastante atuante dentro da indústria capixaba, impulsionou e contribuiu para seu comportamento positivo em contrapartida ao movimento da indústria nacional nesse mês”, observa Almeida.

Além disso, Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%) também assinalaram resultados positivos em maio de 2025.

Na comparação com maio de 2024, o setor industrial cresceu 3,3%, com resultados positivos em onze dos dezoito locais pesquisados. As maiores altas foram do Rio Grande do Sul (29,1%) e Espírito Santo (23,9%), ambos com taxas de dois dígitos.

A indústria gaúcha foi impulsionada, principalmente, pelos produtos químicos, produtos alimentícios, máquinas e equipamentos, produtos do fumo, artefatos do couro, artigos para viagem e calçados e veículos automotores, reboques e carrocerias.

Já no Espírito Santo o impulso veio das indústrias extrativas. Para Bernardo, “ambas as taxas podem ser explicadas pelas baixas bases de comparação em maio de 2024, salientando que, no mesmo período do ano anterior, a indústria gaúcha enfrentava paralisações em diversas unidades produtivas, devido às enchentes."

Outro ponto é que houve crescimento acumulado no ano do setor industrial, em relação ao mesmo período de 2024, chegou a 1,8%, com resultados positivos em nove dos dezoito locais pesquisados. Os líderes foram Pará (9,6%) e Paraná (5,7%). As indústrias extrativas e metalurgia tiveram protagonismo no Pará.

“O aumento na produção de minérios de manganês, de cobre e de ferro contribuiu para desempenho no campo positivo da indústria paraense para este tipo de comparação”, observa o analista.

No Paraná, o crescimento veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos químicos.

“O comportamento positivo da indústria paranaense, nesse mês, demonstrou grande influência desses setores, com aumento na produção, principalmente, de automóveis e autopeças, no primeiro setor, e de óleo diesel e gasolina automotiva, no segundo.”

Entrevista com o governador do Ceará, Elmano de Freitas | O POVO News

 

Mais notícias de Economia

Ano

No ano, os segmentos industriais no Ceará que mais cresceram foram: produtos químicos (2%), metalurgia (1,39%) e alimentos (0,55%)

O que você achou desse conteúdo?