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Empresa parceira da Fraport associa investimento logístico ao ITA
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Economia

Empresa parceira da Fraport associa investimento logístico ao ITA

A Aerotrópolis afirma em nota que o empreendimento logístico de R$ 1 bilhão será contíguo ao futuro campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e que a logistica comporá o ecossistema da inovação. Área do ITA, porém, fica em terreno aberto da Base Aérea de Fortaleza
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Vista aérea do plano de desenvolvimento da Fraport para o Aeroporto de Fortaleza (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Vista aérea do plano de desenvolvimento da Fraport para o Aeroporto de Fortaleza

A Aerotrópolis Empreendimentos S.A, a empresa pernambucana parceira da alemã Fraport, divulgou uma nota na noite desta sexta-feira, 26, na qual destaca: “O complexo será contíguo ao novo polo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)". A área do ITA fica localizada em campo aberto, com solo exposto e sem histórico de corte recente de árvores, na Base Aérea de Fortaleza. A menção ao ITA é sob o argumento de que o “empreendimento logístico” irá fortalecer “o ecossistema de inovação, formação técnica e geração de empregos de alta qualificação no Estado”. 

Fraport devastadora e devastada

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Nesta sexta, a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) suspenderam a licença ambiental concedida à empresa na área desmatada do Aeroporto de Fortaleza, após identificarem diversas irregularidades em vistoria técnica. Leia mais aqui

Entre as infrações constatadas estão a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), supressão de vegetação além dos limites autorizados e manejo inadequado da fauna. A obra sofreu embargo em caráter imediato, com suspensão total das atividades da Aerotrópolis no trecho desmatado.

Na nota, a Aerotrópolis lembra que a implantação no sítio aeroportuário foi amparado pela Licença de Instalação nº 62/2023 emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O projeto prevê sete galpões logísticos, truck center (complexo de serviço para caminhões), posto de combustível e ponto de abastecimento, em área de mais de 630 mil m².

Citando a Semace, diz que o órgão está fazendo um levantamento de alguns detalhes técnicos e solicitou esclarecimentos e ajustes necessários para a continuidade da obra. Segundo a empresa, uma área de apenas 3% do total do empreendimento foi isolada preventivamente, para que a entidade realize suas análises e avalie se existe algum tipo de não conformidade.

Diz a nota que não foram aplicadas multas pela Semace por não existir um parecer conclusivo nesse sentido. “A Aerotrópolis, seguindo sua política de responsabilidade ambiental e transparência, solicitou um agendamento com o corpo técnico da Semace na tarde desta sexta-feira, 26/09, para entender as demandas necessárias e os requisitos solicitados pela Semace".

Afirma ainda que as autorizações ambientais contemplam estudo de viabilidade ambiental, plano de compensação e manejo e monitoramento de fauna, apontando que a área não é floresta primária, mas vegetação secundária já antropizada o que, no entendimento dela, o que não se configura, portanto, em uma APP. “O que leva, na interpretação da empresa, a entender que não haja irregularidades ou supressão ilegal, e todos os relatórios permanecem disponíveis às autoridades”.

A empresa cita uma série de números do empreendimento, com investimento total de R$ 1 bilhão, dividido em oito fases. Segundo a Aerotrópolis, o projeto já mobiliza mais de R$ 200 milhões. Menciona a previsão de 7.500 empregos diretos nas duas primeiras etapas e um total de 12 mil ao final.

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